Eis uma mulher sem arrependimentos. “Só queria que o tempo passasse mais lentamente. Ele voa demais”, ressalva Flávia Alessandra, sonhando ter o superpoder de jogar efeito superslow em trechos de sua vida. Ela completou 41 anos em junho com o lindo rosto e o mesmo corpo espetacular que há 26 anos hipnotizam telespectadores – sim, Flávia tinha só 16 quando estreou na TV, na novela Top Model.
“Na época dos meus pais era diferente, agora a gente chega aos 40 no auge.” Não é falta de modéstia da atriz. Para constatar, basta passar os olhos por este ensaio meio rock’n’roll, meio fossa nova – decadente, no melhor dos sentidos. Flávia adorou fazer. “A coisa meio deprê eu não tenho, mas curto porque me puxa para uma personagem, uma historinha. Agora, do universo rock’n’roll eu tô superdentro. Foi a parte que mais me seduziu”, conta. Assim, finalmente conquistamos Flávia para estrelar nossas páginas.
Se o shape pouco mudou – “tenho um pouco mais de músculos, mas luto pra não ficar bombada” –, os cabelos agora estão superplatinados, Marilyn Monroe style. O novíssimo visual – que a faz sentir-se poderosa, como afirmou – tem a ver com uma campanha publicitária para uma marca de coloração de cabelo e também com sua próxima personagem na trama global de Walcyr Carrasco, novela de época passada em 1946, programada para ir ao ar no início do ano que vem (e ainda sem nome definido). No folhetim, Flávia Alessandra será loira má, mulher à frente do seu tempo que vive em uma cidade do interior de São Paulo.
Um pouquinho como ela foi, ainda adolescente, na pequena Arraial do Cabo, paraíso de mar azul-turquesa e finíssima areia branca a duas horas (170 quilômetros) do Rio de Janeiro. “Eu era artista desde cedo, tinha outras questões. E minha geração foi totalmente influenciada pelo rock que estava acontecendo no Brasil, nos anos 1980.” A filha mais velha, Giulia Costa (do primeiro casamento, com Marcos Paulo), 15 anos, atriz de Malhação, a inveja por isso. “Ela diz: ‘Que delícia essa época que você viveu, mãe’.”
“Fui mãe cedo, mas não deixei de viver nada. Ser mãe é dos papéis que mais me preenche”, define Flávia, que tem outra menina, Olívia, 5 anos, do relacionamento iniciado há uma década com o apresentador Otaviano Costa. Apesar das muitas aparições públicas juntos, o fator família de comercial de margarina a assusta. “A gente tem medo, neura mesmo, dessa coisa de casal modelo”, conta ela.
Entre Flávia e Otaviano há, sim, ciúme, mas – ela garante – equilibrado. A atriz lembra com bom humor do striptease que o marido fez no programa Amor & Sexo, de Fernanda Lima, do qual participava como uma espécie de jurado/comentarista. Na ocasião, debatia-se o tema nudez, quando o apresentador surpreendeu todos e ficou completamente pelado no palco. Ele já sabia o que o esperava: “A Flávia vai me matar, né?”, disse.
A esposa afirma, brincando, que o episódio foi uma “vingança” preparada por ele, por ter aguentando tantos meses vendo ela, Flávia, interpretar a sensual Alzira, uma moça que fingia para o marido ser enfermeira, mas que trabalhava em uma boate como dançarina de pole dance na novela Duas Caras, entre 2007 e 2008. Alzira, aliás, ajudou a popularizar esse tipo de dança no Brasil.
Em outros tempos, ela chegou a dizer que “mesmo com o nosso amor, a gente tem que fazer sexo sem amor, que é uma delícia”. Ao ouvir a frase, dita em 2007, esboça um certo espanto, mas não pipoca. “Sexo é uma coisa, amor é outra, eu vejo assim. Não pode mesmo deixar cair na mesmice. Tem é que fazer, fazer…” E, como quem faz girar o gelo no copo, completa, segura: “A gente chega aos 40 sem polêmica, né?”.
Por:PedroSó:Site:VIP
