quinta-feira, 21/11/2024
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A dor no corpo que melhora correndo

Fibromialgia (FM) é uma desordem complexa de dor crônica que afeta cerca de 10 milhões de americanos.

Ocorre mais frequentemente em mulheres, mas também atinge homens e crianças, e todas as etnias em menores proporções. Essa doença, para aqueles que desenvolvem sintomas graves, pode ser extremamente debilitante e interferir com atividades básicas diárias.

Diagnóstico – Os critérios de diagnóstico para FM foram estabelecidos em 1990 pelo Colégio Americano de Reumatologia (ACR) e adotados no Brasil. Inclui uma história de dor generalizada em todos os quatro quadrantes do corpo por um período mínimo de três meses, e/ou dor em pelo menos 11 pontos dos 18 designados na figura, quando uma quantidade especifica de pressão é aplicada.

É preciso descartar outras causas dos sintomas antes de fazer um diagnóstico de fibromialgia, já que à primeira vista a pessoa não apresenta as características típicas da doença.

Sintomas – Embora crônica, a dor corporal generalizada é o principal sintoma da fibromialgia, uma variedade de outros sintomas são comuns e incluem: fadiga de moderada à grave, distúrbios do sono, problemas de funcionamento cognitivo, insônia ou dificuldade para dormir, dores de cabeça e enxaquecas, ansiedade e depressão, além de alteração de sensibilidade ao toque, luz e som.

A investigação deve seguir com exames neuroendócrinos, buscar alterações fisiológicas que podem contribuir para os sintomas e condições de sobreposição, tais como a síndrome do intestino irritável, lúpus e artrite. Alterações neurológicas também ocorrem, tais como dormência, formigamento e queimação – as quais muitas vezes apresentam desconforto ao paciente.

A gravidade da dor e rigidez muscular é frequentemente pior de manhã. Fatores agravantes que afetam a dor incluem frio, umidade, sono não reparador, fadiga física e mental, atividade física excessiva, inatividade física, ansiedade e estresse.

Causas – Pesquisas recentes têm sugerido um componente genético. O distúrbio é muitas vezes visto nas famílias, entre irmãos ou mães e seus filhos. Fibromialgia usualmente ocorre depois de um trauma físico, tal como uma doença ou lesão aguda, a qual pode atuar como um “gatilho” para o desenvolvimento do distúrbio. A dor desencadeia alterações musculares como a tensão/contração e vira um ciclo.

Deve-se dar atenção às alterações do sistema nervoso central, como o mecanismo subjacente de FM. Estudos têm sugerido que os pacientes com FM têm distúrbio generalizado no processamento da dor e uma resposta amplificada para estímulos que não seriam normalmente dolorosos em indivíduos saudáveis.

Tratamento – Uma vez que não existe uma cura conhecida para FM, o tratamento se concentra em aliviar os sintomas e melhorar a função do corpo. Uma variedade de medicamentos de prescrição médica são muitas vezes utilizados para reduzir os níveis de dor e melhorar o sono.

Corrida – Entre as substâncias aprovadas pela Food and Drug Administration dos EUA para tratamento da doença estão Lyrica (pregabalina), Cymbalta (duloxetina) foi aprovada em junho de 2008, e Savella (milnaciprano) em janeiro de 2009. Terapias alternativas, tais como a liberação de massagem, miofasical, acupuntura, quiropraxia, suplementos de ervas e ioga, podem ser ferramentas eficazes no manejo de sintomas de FM mas nenhuma tem mostrado tantos resultados positivos quanto a corrida.

A corrida atua reduzindo o estresse, ajuda no relaxamento e melhora a função cognitiva cerebral, já que estimula a liberação de hormônios que pode ajudar a minimizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos fibromiálgicos.

Fonte: National Fibromyalgia Association (NFA)

Ana Paula Simões é Professora Instrutora da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Mestre em Medicina, Ortopedia e Traumatologia e Especialista em Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte; e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte.

Enviado por Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
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Parmenas Alt
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