Com direção de Diego Morais, Heder Braga apresenta monólogo inspirado em sua infância no interior do Pará. Apaixonado por programas de auditório, o ator lembra a influência que apresentadores como Hebe, Bolinha, Silvio Santos, Gugu, Angélica, Faustão e Xuxa tiveram em sua formação
O bebê Heder sofria com ataques de alergia e chorava muito. Um dia, durante uma viagem de avião, sua mãe tentava acalmar o filho, quando o apresentador Bolinha, grande sucesso na época, pediu para segurá-lo no colo. A criança ficou caladinha e foi abençoada pelo artista: “você vai crescer forte e saudável e vai viver na TV!”. Assim começa “O Auditório”, comédia protagonizada por Heder Braga, que estreia dia 24 no Zoom, inspirada na infância do ator no interior do Pará. Com texto de Pedro Henrique Lopes e direção de Diego Morais, a peça terá duas apresentações ao vivo, com ingressos gratuitos retirados pelo Sympla (www.sympla.com.br/oauditorio). O projeto tem patrocínio do Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro e Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Aldir Blanc.
Numa mistura de realidade e ficção, “O Auditório” foi criado a partir do desejo do ator de contar a influência que a TV teve em sua formação. A peça passou por uma adaptação devido à pandemia e será realizada de dentro de um apartamento, como se a casa do protagonista se transformasse num programa de auditório. O texto homenageia apresentadores que marcaram a infância do ator: Hebe, Bolinha, Silvio Santos, Gugu, Faustão, Xuxa, Angélica, Chacrinha, Márcia Goldschmidt e outros. Durante o espetáculo, o personagem vai interagir com os espectadores e com vídeos de atrações que fazem parte da memória da maioria das famílias brasileiras. A ideia é lembrar e brincar com quadros que ficaram no nosso imaginário, como “Gugu na minha casa”, “Caminhão do Faustão”, “Transformação” (Xuxa) e “Show do Milhão”.
“Assim como eu, muita gente cresceu tendo aqueles apresentadores como ídolos. Nasci em Marabá e cresci em São Domingos do Araguaia, cidades do interior do Pará que não tinham nem teatro e nem cinema. Nosso entretenimento e contato com os artistas era pela TV. Cresci sonhando em participar dos programas e conhecer aqueles artistas, que eram os grandes influencers da época, já que a internet ainda muito incipiente”, lembra Heder. “Aos 21 anos, vim para o Rio ao entrar para o Tablado. Eu via um monte de artista falar na televisão que tinha passado por lá e eu queria também. Assim começou a minha carreira como ator, técnico de teatro e produtor”, acrescenta ele.
O diretor Diego Morais ressalta que “o mais divertido é que, por uma coincidência dos fatos, o espetáculo, que já misturava a realidade com a ficção, agora se utiliza da linguagem da internet e seus recursos para estabelecer a mesma relação do Heder com a TV na sua infância. Mas, desta vez, é ele quem está na tela e invade a casa do seu público”.
Sobre Heder Braga
Doutorando em artes cênicas pela UniRio, mestre em Teatro pela Universidade do Porto em Portugal, Heder Braga cursa Teoria e Estética do Teatro e é bacharel em filosofia. Com formação artística pelo O Tablado, atua como produtor, ator e pesquisador na cena teatral. Faz parte da equipe de diversos espetáculos premiados entre 2009 e 2018, como “Tripas” e “Guanabara Canibal” de Pedro Kosovski, e “Bituca – Milton Nascimento para crianças” e Tropicalinha – Caetano e Gil para Crianças”, que também têm direção de Diego Morais e texto de Pedro Henrique Lopes.
Ficha técnica:
Texto: Pedro Henrique Lopes
Direção: Diego Morais
Elenco: Heder Braga
Figurino: Clivia Cohen
Fotografias: Andrea Rocha ZBR
Assistente de Produção: Layla Paganini
Sonoplastia: Leonardo Carneiro
Assessoria de imprensa: Rachel Almeida (Racca Comunicação)
Idealização e realização: Heder Braga
Serviço:
O Auditório
Dias e horários: 24 e 25/04, às 20h.
Ingressos: gratuitos, com retirada pelo Sympla(www.sympla.com.br/oauditorio)
Duração: 45 minutos
Classificação etária: livre