sexta-feira, 22/11/2024
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População de produtores rurais querem demissão de supervisor da Empaer em Acorizal

Agricultores,comunidade e lideranças rurais de Acorizal (a 63 quilômetros da Capital) estão preparando um manifesto na tentativa de tirar do cargo de supervisor local da Empresa Matogrossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) o irmão do prefeito do município, Maldo Figueiredo de Sá.

Desde a sua nomeação pelo governador Blairo Maggi, começou uma luta para afastar Maldo Figueiredo da direção do escritório, já que ele não reúne, segundo as lideranças rurais e técnicos rurais, aptidão técnica para o cargo.Além disso, Maldo responde a sindicância por suspeita de desvio de R$ 300 mil da Empaer, na época em que esteve à frente do órgão, em governos anteriores. Um abaixo assinado por empresários, produtores, comerciantes, sindicalistas e populares do município mostra o bom trabalho do ex-supervisor, Mário Girardi, e expõe a má gestão de Maldo Figueiredo, no passado, lembrando que ele não “possui perfil extensionista, administrativo ou técnico para conduzir os trabalhos da Empaer no município”.

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Acorizal, por exemplo, chamou a nomeação de Maldo de “um grande equívoco”, reuniu documentos e encaminhou ao presidente da Empresa, Leôncio Pinheiro, pedido para que o servidor de carreira, Mário Girardi, exonerado para abrir vaga a Maldo Figueiredo, permanecesse no cargo. O deputado Sérgio Ricardo, presidente da Assembléia Legislativa, também fez solicitação nesse sentido, mas não foi atendido por Maggi, que nãoa deu a mínima para o seu partido, o PR, que repudiou a nomeação de Maldo.

No ofício 632/2007, da própria Empaer, uma comissão administrativa lembra que o cargo de supervisor do órgão exige formação superior na área de ciências agrárias, registro no Crea/MT ou Conselho de Medicina Veterinária, o que Maldo Figueiredo não possui. Além disso, o parecer de uma comissão de seleção de candidatos chegou à conclusão que “o senhor Maldo não prestou contas de adiantamento de R$ 300 mil para manutenção do escritório local, quando era chefe, além de não pagar multas de trânsito em veículo da Empaer”. Esses detalhes são suficientes para afastá-lo da direção do órgão, acreditam os líderes e comunidades rurais do município.

Redação
Pedro Ribeiro
Pagina 12

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Parmenas Alt
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