Através de um comunicado, Kremlin que deixou de atacar o país vizinho com mísseis de alta precisão ‘por muito tempo’ e reafirmou a ‘necessidade’ dos bombardeios; ONU investiga possíveis crimes de guerra
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não planeja dar início a uma retirada das tropas russas do território ucraniano. É o que foi defendido pelo mandatário em uma conversa com o chefe de governo alemão, Olaf Scholz, na noite da última sexta-feira, 2. Segundo o comandante do Kremlin, os ataques maciços realizados contra a Ucrânia são “necessários e inevitáveis” e a postura “destrutiva” dos países do Ocidente em apoiar o governo do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky não contribui para o fim da guerra.
Nesta semana, as Nações Unidas enviaram inspetores ao território bombardeado no leste europeu para examinar o impacto dos ataques à infraestrutura estratégica da Ucrânia, já que a tática utilizada pelo Exército do Kremlin poderia ser enquadrada como crimes de guerra. Em um comunicado, o governo de Putin ressaltou que “as Forças Armadas russas evitaram por muito tempo ataques com mísseis de alta precisão contra certos alvos na Ucrânia, mas tais medidas se tornaram necessárias e inevitáveis diante dos ataques provocadores de Kiev”.
Em meio à conversa com Scholz, o mandatário alemão pediu à Putin que “encontre uma solução diplomática o mais rápido possível”, o que envolveria, em primeiro momento, a retirada das tropas russas. A proposta não foi bem recebida, já que o Kremlin se posicionou de maneira contrária ao fim da guerra. Também na sexta, o Kremlin rejeitou as condições propostas pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que havia afirmado estar “pronto” para discutir “uma maneira de acabar com a guerra”. Dmitry Peskov, porta-voz presidencial russo, afirmou que a Rússia “obviamente” rejeita a ideia e que “a operação militar continuará”.
JovemPan