domingo, 24/11/2024
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Coreia do Norte recusa apoio econômico da Coreia do Sul em troca de desarmamento

Irmã do líder norte-coreano fez diversas críticas ao país vizinho e à proposta de desnuclearização

A irmã do líder norte-coreano, Kim Yo-Jong, rejeitou categoricamente nesta sexta-feira, 19, a oferta de ajuda econômica em troca de desarmamento proposta esta semana pelo presidente sul-coreano, Yoon Suk-Yeol, a quem desqualificou e cuja proposta chamou de “absurda”. “Mesmo antes de ponderar a ‘política em relação ao Norte’ das autoridades sul-coreanas, podemos dizer que não gostamos do próprio Yoon Suk-Yeol”, escreveu a irmã de Kim Jong-un em comunicado publicado hoje pela agência de notícias “KCNA”. Kim Yo-jong, vice-diretora do departamento de propaganda do partido único da Coreia do Norte, disse ainda que o regime nunca “se sentará frente a frente com ele” qualquer que seja a oferta que faça. As palavras da irmã do líder norte-coreano são divulgadas quatro dias depois de Yoon Suk-Yeol propor um plano de assistência econômica que ele mesmo descreveu como ousado e que prometia à Coreia do Norte um programa faseado de assistência alimentar, apoio econômico e investimento em infraestrutura caso o regime optasse pela desnuclearização.

“Cães, sejam filhotes ou adultos, sempre latem, e o mesmo pode ser dito sobre aquele que detém o título de ‘presidente’”, declarou Kim Yo-jong sobre Yoon, cujo plano considerou idêntico ao proposto por Lee Myung-Bak, ex-presidente conservadora da Coreia do Sul que governou de 2008 a 2013. Após a reaproximação entre Pyongyang, Seul e Washington entre 2018 e 2019 durante o mandato do liberal Moon Jae-in em Seul, Kim Yo-jong pareceu garantir hoje que nenhuma situação semelhante se repetirá sob o atual governo conservador do Sul. “O malandro que fala de um ‘plano ousado’ hoje e organiza exercícios militares contra o Norte no dia seguinte não é outro senão o ‘gênio’ de Yoon Suk-yeol”, criticou Kim, referindo-se aos exercícios conjuntos que serão retomados por Washington e Seul em território sul-coreano na próxima segunda-feira, pela primeira vez desde 2018.

Após o fracasso da cúpula de Hanói em 2019 e com Pyongyang completamente isolado do exterior desde o início da pandemia, o regime embarcou em um plano de modernização de armas ao qual os aliados estão respondendo com planos para aumentar a implantação de ativos militares na península. Pyongyang também completou os preparativos para seu primeiro teste nuclear em cinco anos, e Seul e Washington reafirmaram nesta semana sua intenção de responder enviando recursos estratégicos dos EUA para a região caso o Exército norte-coreano realize o teste.

*Com informações da EFE-JovemPan

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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