Os flavonóides, nutrientes presentes na fruta, são os responsáveis
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Surrey, do Reino Unido, concluiu que o consumo de cacau, matéria-prima do chocolate, ajuda a reduzir a pressão arterial e a deixar os vasos sanguíneos mais elásticos.
Os flavonóides, nutrientes presentes na fruta, são os responsáveis pela ação protetora. Outros estudos já mostraram que eles, além de serem encontrados em chocolates amargos ricos em cacau, também estão presentes em chás, maçã, uva, brócolis, vinho, chicória, aipo e em outras espécies vegetais.
METODOLOGIA
Os pesquisadores selecionaram 11 pessoas saudáveis, sem problemas cardiovasculares, para participarem do estudo. Elas foram analisadas durante oito dias enquanto ingeriam um suplemento de flavonóides ou um placedo. O extrato de uma pílula correspondia a cerca da quantidade de flavonóides contidas em 500 gramas de chocolate amargo.
Os voluntários ingeriram, em dias alternados, seis cápsulas do suplemento e seis pílulas de placebo durante o período o estudo. As cápsulas eram sempre consumidas no mesmo horário: pela manhã, junto com a primeira refeição.
Cada indivíduo recebeu um monitor de pressão arterial e um clipe de dedo para medir a velocidade do sangue. As medidas eram feitas, pelos participantes, durante o dia e de hora em hora.
CONCLUSÕES
A análise dos cientistas concluiu que o consumo do suplemento diminui significativamente a pressão e a rigidez arterial dos participantes. A diminuição da pressão ocorreu dentro da faixa normal, não constituindo um problema para os voluntários. O próximo passo será testar o suplemento em pacientes com doenças cardiovasculares.
“Os remédios tradicionais não funcionam para uma boa proporção de pessoas, então, podemos começar com uma intervenção de saúde como essa, por meio dos flavonóides, em alguns grupos”, afirmou Christian Heiss, autor do estudo, em entrevista ao jornal The Sun.
O autor desaconselha, entretanto, que os flavanóides sejam obtidos com a ingestão de meio quilo de chocolate por dia. “Certamente, isso causaria outros problemas à saúde”, pontua.
Fonte: Metrópoles