Secretário de Estado disse em entrevista coletiva que ‘tem muitos vigilantes’ e pediu a presença de representantes coreanos em negociações
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, avisou nesta segunda-feira, 13, que o país responderá “rapidamente” se a Coreia do Norte realizar testes nucleares, e convidou Pyongyang a comparecer à mesa de negociações. “Estamos muito vigilantes. Temos contatos muito próximos com aliados como a Coreia do Sul, Japão e outros, para que possamos responder rapidamente”, disse Blinken em entrevista coletiva com o chanceler sul-coreano, Park Jin, na sede do Departamento de Estado, em Washington. Blinken disse que os testes nucleares de Pyongyang seriam “profundamente desestabilizadores” para a região e violariam “flagrantemente” o direito internacional, razão pela qual os EUA estão “se preparando para qualquer cenário”. “Instamos a Coreia do Norte a abster-se de atividades desestabilizadoras. Pedimos que adote uma diplomacia séria e ininterrupta”, declarou, enquanto Park Jin disse estar convencido de que o regime de Kim Jong-un “concluiu os seus preparativos para outro teste nuclear” e pediu uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU para responder a esta “provocação”.
“Se a Coreia do Norte se aventurar em outro teste nuclear, apenas intensificará as sanções internacionais e isolará a Coreia do Norte da comunidade internacional”, advertiu. Desde o início deste ano, Pyongyang encenou um volume recorde de testes de mísseis, com 18 em 23 semanas, elevando as tensões na península para níveis não vistos desde 2017. Desde que o conservador Yoon Suk-yeol, que jurou endurecer a sua posição sobre Pyongyang em comparação com o seu antecessor Moon Jae-in, se tornou presidente, em 10 de maio, os aliados começaram a destacar cada vez mais meios militares em resposta aos testes de armamento da Coreia do Norte. Os Estados Unidos propuseram uma resolução ao Conselho de Segurança em maio para aumentar as sanções internacionais contra a Coreia do Norte sobre os seus lançamentos de mísseis, mas China e Rússia usaram o seu poder de veto para impedir que a mesma avançasse.
EFE-JovemPan