As oitavas foram definidas. O Corinthians decidirá sua vida contra o Boca. Se passar, deverá ter o Flamengo nas quartas. Palmeiras jogará com o Cerro e, provavelmente, o Atlético Mineiro, nas quartas
E merecido.
Por menosprezar os reservas do boliviano Always Ready, o Corinthians só empatou, ontem, em Itaquera. Bastaria uma mísera vitória para terminar em primeiro no grupo E, e ter pela frente, no sorteio das oitavas de final, os segundos colocados na fase de grupos. Não venceu porque Vítor Pereira quis poupar seus jogadores.
Resultado: enfrentará em duas partidas mata-matas o Boca Juniors, clube mais forte nos bastidores da Conmebol. Com a decisão do confronto acontecendo na Bombonera, em Buenos Aires, dificultando as chances de sobrevivência.
Como se não bastasse, caso o time de Vítor Pereira consiga superar o de Sebástian Battaglia, terá pela frente o vencedor de Flamengo e Tolima, nas quartas. Em uma eventual semifinal, o melhor de quatro argentinos: River Plate, Vélez Sarsfield, Cólon e Talleres.
A Libertadores é a competição que a diretoria corintiana prioriza em 2022. Não só pela importância do torneio. Mas pela lucratividade.
Nas projeções, quando o clube conseguiu se classificar, a direção calculava, no mínimo, a chegada à semifinal da competição.
Por conta do empate de ontem, e pelo encaminhamento do sorteio, será muito difícil.
Ainda que o clube argentino viva crise financeira, que impediu a montagem de um grande time, jamais é interessante para qualquer equipe enfrentar o Boca Juniors em eliminatória.
Na primeira fase, o Corinthians venceu por 2 a 0 em Itaquera e empatou, na Bombonera.
Mas esses jogos servem apenas de referência, porque tudo mudará valendo a sobrevivência em dois confrontos. Ainda mais depois de estar provado que o elenco corintiano não é tão repleto de opções táticas e técnicas, como na partida de ontem.
A responsabilidade por esse caminho muito difícil do Corinthians é toda de Vítor Pereira.
Por outro lado, o atual bicampeão da Libertadores, o Palmeiras, não tem muito do que reclamar do confronto nas oitavas. O Cerro Porteño também vive dificuldades financeiras e não conseguiu montar um time competitivo, vibrante. Muito pelo contrário.
É equipe instável, sem força ofensiva. Arce, ex-lateral palmeirense, é o técnico. E montou um time forte fisicamente, mas sem grande talento. Está longe da equipe de Abel Ferreira. A vantagem de decidir em casa é do clube paulista.
Em compensação, se o Palmeiras passar deverá ter pela frente o Atlético Mineiro, nas quartas. O time de Hulk terá o fraco Emelec, do Equador. Com a partida decisiva em Belo Horizonte.
O confronto entre palmeirenses e atleticanos relembra a semifinal da Libertadores de 2021, quando o time de Abel Ferreira encaminhou o bicampeonato seguido.
Caso sobreviva, o clube paulista terá pela frente o sobrevivente entre Athletico Paranaense, Libertad, Fortaleza e Estudiantes. Dos quatro, hoje, o time argentino de Ricardo Zielinski é o mais técnico, com ótimo conjunto. Mas com potencial abaixo de Palmeiras e de Atlético Mineiro.
Com adversário para dar confiança. Assim como foi para o Atlético Mineiro e Flamengo.
Complicado, mas longe de ser difícilimo para o Athletico Paranense.
Foi severo com o Fortaleza.
E punitivo para o Corinthians.
O caminho até a final da Libertadores está traçado. Sorteio trouxe confrontos interessantes
REPRODUÇÃO/ESPN
O destino tornou as oitavas da Libertadores difíceis por conta do erro grave.
Da falta de preparação adequada contra o Always Ready.
A conta chegou rápida.
E terá de ser paga na Bombonera…
R7-CosmeRimoli