Em live semanal, chefe do Executivo federal afirmou que militares só deixarão de ‘fazer o seu trabalho’ se TSE dissolver comissão de transparência
O presidente Jair Bolsonaro (PL) rebateu as declarações do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, nesta quinta-feira, 12, e disse que as Forças Armadas não querem atacar as urnas eletrônicas. “Eu não sei de onde ele está tirando esse fantasma de que as Forças Armadas querem interferir no processo eleitoral”, declarou durante sua live semanal. O chefe do Executivo ressaltou que a instituição foi convidada a participar do comitê de transparência eleitoral por meio de uma portaria publicada pelo então presidente do TSE, Luís Roberto Barroso. “O senhor [Fachin] pode revogar a portaria. Enquanto a portaria está em vigor, as Forças Armadas foram convidadas. Eu, como chefe supremo das Forças Armadas, determinei que prossigam nessa missão. Não existe interferência, ninguém quer atacar as urnas eletrônicas, atacar a democracia, nada disso. Ninguém está incorrendo em atos antidemocráticos, pelo amor de deus”, disse Bolsonaro.
Na tarde desta quinta-feira, Fachin fez um trocadilho e afirmou que “quem trata de eleições são forças desarmadas”. O ministro também disse que “nada e nem ninguém vai interferir no processo eleitoral”. Bolsonaro classificou a declaração como “descortês” e assegurou que as Forças Armadas vão continuar “fazendo o seu trabalho”. “Prezado ministro Fachin, a gente não entende essa maneira do senhor falar. As Forças Armadas vão continuar fazendo seu trabalho, a não ser que o ministro revogue a portaria. Mas, por favor, não se refira dessa forma às Forças Armadas. Eu sou capitão do Exército, me coloco como militar, e é uma forma bastante descortês de tratar uma instituição que presta excelente serviço ao Brasil em várias áreas”, acrescentou.
JovemPan