sexta-feira, 22/11/2024
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Águia II é extensão da segurança pública de MT no ar

“Não vejo a segurança pública de Mato Grosso hoje sem o helicóptero Águia II”. A frase acima é do tenente-coronel da Polícia Militar, Mariano Matos do Nascimento, atual comandante da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), ao avaliar a atuação do grupamento aéreo no Estado. Hoje, com um quadro de 34 policiais entre militares, bombeiros e civis, a Ciopaer, localizada no aeroporto Marechal Rondon, no hangar do governo do Estado, em Várzea Grande, é responsável em dar apoio às policias em suas ações terrestres.

Recentemente, o prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos, sobrevoou a cidade no helicóptero da Polícia Militar, juntamente com o comandante do 4º Batalhão da PM, coronel Joselito. O objetivo do vôo foi conhecer todo o município da parte de cima, os espaços vazios existentes ainda na cidade e o mapeamento por parte da própria polícia dos bairros com maiores incidências de violência.

De acordo com o comandante, o Águia II, com um ano e quatro meses de uso e que custou cerca de R$ 5 milhões aos cofres do Estado, atende cerca de 20 ocorrências dos mais variados tipos por mês. Vão desde fugas de presidiários a roubos em estabelecimentos comerciais.

Meio de transporte rápido e seguro, o helicóptero da PM leva vantagem em relação aos veículos utilizados pelas polícias para atender alguma ocorrência. Levantamentos comparativos mostram que enquanto uma viatura gasta cerca de duas horas e 20 minutos para atender uma ocorrência com 100 km de distância, o helicóptero leva no máximo 30 minutos para fazer todo percurso, além do custo/benefício – um helicóptero cobre uma área de observação e vigilância 15 vezes mais rápido que o carro patrulha.

“O tempo-resposta é muito rápido com o helicóptero. Por isso, esse meio de transporte veio para ajudar e muito a segurança de Mato Grosso. É muito gratificante para toda a minha equipe trabalhar e atender a população mato-grossense seja no que for, desde acidente até fuga”, disse o comandante da Ciopaer, hoje subordinada diretamente à Secretaria de Segurança Pública.

Com uma frota de dois helicópteros e dois aviões, um deles destinado para a cidade de Rondonópolis devido às constantes fugas de presidiários da Mata Grande e Cadeia Pública, o tenente-coronel Mariano Matos do Nascimento, ressalta que 70% das ocorrências são atendidas com sucesso pelo Águia II.

“Do alto nós temos uma ótima visualização, o que nos dá uma percepção maior para os fatos terrestres”, disse o capitão Zanca, um dos cinco pilotos da Ciopaer. Ele, que representa o Corpo de Bombeiros na corporação aérea, ressalta que há vários instrumentos para o sucesso numa ação como, por exemplo, o binóculo para visualização de cima para baixo e os meios de acionamentos via telefone, rádio e computador interligados ao Centro Integrado de Operações Segurança Pública (Ciosp), que repassa ao Águia II.

O Águia II fica disponível às solicitações das 7h às 19h no aeroporto Marechal Rondon. O acionamento ocorre quando toca a sirene, sinal suficiente para a equipe plantonista estar em prontidão no máximo 30 segundos. “É muito rápido”, conta o tenente-coronel.

O comandante da Ciopaer, tenente-coronel Mariano Matos, vive a expectativa de ganhar mais uma máquina no mês de dezembro deste ano. Com isso, a frota de helicópteros aumentará de dois para três e mais dois aviões, que ficam disponíveis para dar apoio às outras regiões do Estado em operações especiais da Secretaria de Justiça e Segurança Pública.

Mesmo com o sistema aéreo brasileiro vivendo um período conturbado com graves acidentes vitimando centenas de pessoas nos últimos dez meses, os integrantes da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas demonstram satisfação em desempenhar a função no dia-a-dia. Nem mesmo o acidente do helicóptero, denominado de Águia I, que vitimou três integrantes militares do extinto Grupamento Aéreo (Graer) em abril de 2005 quando foi solicitado para atender vítimas de um acidente automobilístico próximo a Serra de São Vicente, assusta os militares da Ciopaer.

“Estou a 15 anos pilotando helicóptero e vou fazer isso pro resto da minha vida. Não tem como, é a profissão que eu escolhi e faço com o maior prazer”, ressalta o tenente-coronel Mariano Matos do Nascimento, um dos primeiros da Polícia Militar, ao lado do coronel da reserva Altair Balieiro, a se aventurarem a trabalhar no setor aéreo da segurança pública de Mato Grosso em 1997. “Fiz o curso de piloto de helicóptero sem saber que um dia a Polícia Militar de Mato Grosso iria fazer uso dessa máquina”, revela o comandante.

Da base do Corpo de Bombeiros, o capitão Zanca, outro piloto do Águia II, diz, sem hesitar, que voar é muito seguro, apesar de certo ar de apreensão da família, em especial num momento crítico da aviação brasileira. De acordo com ele, este tipo de problema vivido com constantes acidentes, serve de alerta aos outros pilotos a terem maior atenção na hora do vôo. “Aí, é que têm que estar ligado o tempo todo, estar atendo a tudo, além de que o helicóptero tem sua rota diferente dos aviões”, conta.

Já o sargento Marcílio, co-piloto, afirma que em momento de crise aérea, dá para tirar lições positivas.

“É o sinal para a nossa percepção ser maior ainda na hora do vôo. Não vacilar, ter muito cuidado”, frisa, ressaltando que a sua família já está habituada com a sua rotina.

A satisfação é tão grande em trabalhar no ar que os integrantes da Ciopaer chegam a sugerir a construção de heliponto, uma espécie de pista para o helicóptero aterrissar. Eles são unânimes em afirmar que a obra, por localização estratégica de deslocamento às outras regiões do Estado, teria Várzea Grande como ponto de partida. “Poderia ser no Pronto-Socorro Municipal ou até mesmo arrumassem um espaço na nova estrutura física de prefeitura municipal”, fizeram a indicação.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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