Para a Apex Brasil, parcerias entre o governo brasileiro e países que formam o Conselho de Cooperação do Golfo podem render muito mais frutos para os empreendimentos nacionais
Empresas brasileiras têm buscado expandir seus negócios, aumentando a participação no mercado do Oriente Médio. De acordo com a diretora de operações do escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Karen Fernandes, esse movimento já parte da estratégia de apresentar um portfólio de produtos competitivo para conquistar novos espaços em meio à concorrência internacional.
“Acho que o Brasil tem uma qualidade de produção que se estende a outros setores, e que a gente tem que explorar cada vez melhor. Isso já existe. Temos a empresas de setores, por exemplo, como cosméticos e higiene pessoal, equipamentos médicos e odontológicos, peças automotivas, defesa, são setores que já percebem as oportunidades aqui”, conta.
O potencial de crescimento é bastante expressivo em diversos setores, o carro chefe, que é o agronegócio, ganha cada vez mais espaço porque os países árabes não possuem uma produção robusta de alimentos e acabam dependendo de importações.
“A realidade é que esses países, pelas condições climáticas, tem, de fato, dificuldades intrínsecas na produção de alimentos, então países árabes e outros países da região também importam de 80% a 90% dos alimentos que consomem“, afirma Karen. 0,22% do capital árabe investido tem como destino o Brasil, mas o ponto positivo e que tem ganhado destaque é a taxa de crescimento anual, que está na casa de 10,05% ao ano. A Apex aposta ainda nos entendimentos e parcerias que têm rendido frutos entre o governo brasileiro e países que formam o Conselho de Cooperação do Golfo, composto por Emirados Árabes, Bahrein, Catar, Omã, Kuwait e Arábia Saudita.
*Com informações do repórter Daniel Lian