Os dirigentes rubros-negros não perdoam a falta de atitude de Jesus. E planejam 2022 com Paulo Sousa. O Atlético Mineiro não tem rival na busca de Jorge Jesus. Renato Gaúcho saiu dos planos
Quando o Brasileiro, a Libertadores e a Copa do Brasil escaparam, em sequência.
E Renato Gaúcho, preferido pelo bilionário Rubens Menin, saiu da corrida pelo cargo de Cuca.
O executivo Rodrigo Caetano e os outros mecenas do Atlético Mineiro, Ricardo Guimarães, Renato Salvador e o próprio Rafael Menin, decidiram que o plano B será o argentino Eduardo Coudet ou o brasileiro Odair Hellmann.
A prioridade absoluta é Jorge Jesus.
O contato com o estafe do português, demitido do Benfica, já foi feito. O técnico, de 67 anos, quer voltar a trabalhar imediatamente. Ele quer deixar para trás seu frustrante trabalho no clube de Lisboa. Não conseguiu um título desde 2020, quando rescindiu o contrato com o Flamengo. E ainda teve de enfrentar motim dos jogadores, revoltados não só com o afastamento de Pizzi, um dos capitães, mas com a falta de diálogo do técnico, que, na imprensa, deixava claro que o problema sempre foi o time e não ele.
Pizzi afirmou, sem meias palavras, que o último jogo do Benfica sob o comando de Jorge Jesus, derrota por 3 a 0 para o Porto, na eliminação da Taça de Portugal, foi “vergonhoso”. O que ocasiou uma grave discussão entre eles e o afastamento do jogador. Com o que o elenco não concordou, fazendo um motim contra Jesus. Se Pizzi não treinasse, os outros atletas também não.
Foi a gota d’água e veio a demissão sumária.
O Flamengo, que tanto sonhava com Jesus, ficou decepcionado com a falta de firmeza do treinador, não assumindo querer voltar para a Gávea. E deixou apalavrada a contratação do português Paulo Sousa, treinador da seleção da Polônia.
E pelo jeito não haverá volta, apesar de jogadores importantes na Gávea pedirem o retorno de Jesus.
Todo planejamento de 2022 está sendo feito pela diretoria com Paulo Sousa.
Jesus recebia cerca de R$ 1,5 milhão no Benfica.
Salário que o Atlético Mineiro está disposto a pagar.
Em 2020, uma das desculpas de Jesus para deixar o Flamengo foi o surto de Covid. Agora há a disseminação de uma nova variante, a Ômicron. Situação que pode atrapalhar o fechamento de contrato.
A direção atleticana então decidiu buscar um plano B factível. Renato Gaúcho, desempregado, já foi desejado várias vezes pelo clube. E não houve acerto.
As recentes eliminações com o Flamengo, comandando um elenco poderoso, compatível com o do Atlético, pesaram. Fizeram com que a empolgação de Rubens Menin diminuísse, com os argumentos dos seus companheiros de comando do clube.
O argentino Eduardo Coudet, que trabalha no Celta, foi apontado como um excelente nome. Embora existam rumores de problemas com Rodrigo Caetano, com quem trabalhou no Internacional, que são desmentidos pelo executivo.
Odair Hellmann, trabalhando no Al-Wasl, nos Emirados Árabes, surgiu nas últimas horas. Um técnico discreto e que consegue grande união dos grupos em que trabalha.
Só destoa da maneira ofensiva do Atlético Mineiro de jogar. Suas equipes são marcadas pela fortíssima marcação e contragolpes. Não pressiona o adversário, não faz questão de ter a posse de bola, como o “time de Cuca” fez de maneira incrível, em 2021.
Mas a direção atleticana está animada com Jorge Jesus.
Para os dirigentes, o clube perdeu a concorrência do Flamengo.
A direção virou as costas à emoção, ao saudosismo e aos pedidos dos jogadores.
E está focada em Paulo Sousa, que tem sido uma grata surpresa, enfrentando a ríspida cúpula da federação polonesa, que não quer aceitar sua saída. Nem pagando a multa de 300 mil euros, cerca de R$ 1,9 milhão, prevista em contrato.
Quem está descartado, no momento, é Renato Gaúcho…
CosmeRímoli-R7