TSE reuniu 26 investigadores para executar ataques aos equipamentos e sistemas desenvolvidos para as eleições de 2022
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Roberto Barroso, vai anunciar nesta segunda-feira (29), às 16h, o resultado do teste público de segurança do sistema eletrônico de votação. Os testes têm por objetivo identificar e corrigir eventuais falhas de segurança tanto em softwares quanto nas urnas eletrônicas antes das eleições de 2022.
O procedimento é realizado desde 2009 e leva a mudanças nos softwares e hardwares das urnas sempre que algum novo risco é identificado. As fases dos testes começaram em outubro, quando os especialistas receberam o código-fonte da urna e do sistema eletrônico usado para a transmissão dos dados. Com isso, eles puderam elaborar planos de ataques — de acordo com eventuais fragilidades que possam prejudicar a votação.
Nos testes são executadas ações controladas para identificar vulnerabilidades e falhas relacionadas à violação da integridade ou do anonimato dos votos de uma pleito. O TSE reuniu 26 investigadoras e investigadores na semana passada para executar 29 planos de ataque aos equipamentos e sistemas que vão ser usados nas eleições de 2022.
É a sexta bateria de testes promovida pelo tribunal e, desta vez, a pedido de uma equipe de peritos da Polícia Federal, o teste foi prorrogado por mais um dia e só foi encerrado no sábado (27). O plano de ataque da equipe da Polícia Federal teve como o objetivo extrair dados e configurações do Kit JE Connect, sistema criado pela Justiça Eleitoral para fazer a transmissão dos resultados da eleição de forma segura. O JE Connect entrou na mira de pelo menos seis dos 29 ataques aprovados pela Comissão Reguladora do TPS.
No envento de divulgação dos resultados nesta segunda, também vão estar presentes o secretário de Tecnologia da Informação, Julio Valente, e o juiz auxiliar da Presidência do tribunal Sandro Vieira.
Crítico ferrenho
Na época, os ministros do TSE aprovaram por unanimidade a abertura de inquérito administrativo para apurar se, ao promover uma série de ataques infundados às urnas eletrônicas, Bolsonaro praticou “abuso do poder econômico e político, uso indevido dos meios de comunicação, corrupção, fraude, condutas vedadas a agentes públicos e propaganda extemporânea.”
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, atendeu pedido do TSE e determinou a instauração de investigação contra Bolsonaro em razão das alegações sobre fraudes nas urnas eletrônicas no inquérito das fake news.
do R7, em Brasília