Ainda sem a definição de um meio-campo base e com a possibilidade de atuar com três ou até quatro volantes, o Brasil busca nesta quarta-feira confirmar uma vaga na segunda fase pelo Grupo B da Copa América da Venezuela, em jogo contra um “freguês” histórico, o Equador, marcado para às 21h50 (horário de Brasília), na cidade de Puerto La Cruz.
Depois de se reabilitar contra o Chile –perdeu para o México na estréia–, o Brasil pode se classificar até mesmo com uma derrota. Neste caso, tentaria ser um dos dois melhores terceiros colocados. Vitória ou empate garantem a classificação.
O retrospecto histórico beneficia a seleção. As duas equipes se enfrentaram onze vezes pelo principal torneio sul-americano, e o Brasil está invicto. Foram dez vitórias –incluindo uma por 9 a 1, em 1949– e um empate. Na estatística geral, segundo dados da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), são 24 jogos, com 20 vitórias do Brasil, dois empates e duas derrotas.
Apesar do retrospecto altamente positivo, o jogo é encarado como uma decisão para os brasileiros, que precisam de pelo menos um empate para avançar no torneio. Os equatorianos, apesar de terem perdido os dois jogos que disputaram, ainda respiram. Se vencerem, podem se classificar.
“Para nós a partida contra Equador é decisiva. Espero que o time jogue muito melhor”, avaliou o técnico da seleção brasileira, Dunga. “Sabemos que o Equador não passa por um bom momento, mas todos sabem que é uma equipe cuidadosa e que quer terminar bem”, acrescentou.
“A Copa América ainda não terminou para o Equador. Ainda podemos nos classificar. Se ganharmos do Brasil, temos opções”, disse Luis Fernando Suárez, o técnico equatoriano.
Dunga não quis adiantar a escalação da equipe que enfrentará o Equador. A principal dúvida está no setor do meio-de-campo.
De principal aposta de Dunga para o setor de criação, Diego passou a terceira opção para sua posição. O jogador do Werder Bremen, inscrito com a camisa 10, foi preparado durante as duas semanas que precederam a competição para ser titular. Porém após jogar 45 minutos na partida de estréia –derrota por 2 a 0 para o México– foi sacado para a entrada de Anderson e não voltou mais ao time.
Anderson também teve pouca chance. Confirmado para o lugar de Diego na segunda partida –vitória por 3 a 0 sobre o Chile–, ele também ficou só 45 minutos em campo e deu lugar a Júlio Baptista, que agora deve ser o novo titular.
Elano, que se recuperou de uma pancada na coxa, pode dar lugar ao são-paulino Josué. Desta forma, o time teria três volantes –Gilberto Silva, Mineiro e Josué– e ainda poderia contar com o quarto, já que Júlio Baptista também joga nesta posição.
“O Equador tem uma equipe forte, técnica e rápida. Vai ser um jogo complicado”, disse Dunga.
BRASIL
Doni; Daniel Alves, Alex, Juan e Gilberto; Mineiro, Gilberto Silva, Elano e Júlio Baptista (Anderson); Robinho e Vágner Love.
Técnico: Dunga
EQUADOR
Mora; De La Cruz, Hurtado, Espinoza e Baguí; Castillo, Edwin Tenorio, Méndez e Valencia; Benítez e Carlos Tenorio.
Técnico: Luis Fernando Suárez
Local: estádio José Antonio Anzoátegui, em Puerto La Cruz
Horário: 21h50 (horário de Brasília)
Juiz: Sergio Pezzotta (ARG)