A Polícia Civil de Mato Grosso confirmou que foram presas 32 pessoas, dos 75 mandados de prisão temporários expedidos pela justiça durante a Operação Guilhotina. Os mandados foram cumpridos em Mato Grosso e na cidade de Ourinhos (SP). O superintendente de Gestão de Florestas da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), Rogério Rodrigues da Silva, foi afastado para do cargo para garantir transparência nas investigações. Mas de acordo com a Sema, Rogério Rodrigues não tem envolvimento com o esquema ilegal de extração e comercialização de madeira, descoberto pela polícia e pelo Ministério Público Estadual (MPE).
Outros dois servidores da Sema, que não tiveram os nomes divulgados, também foram afastados das funções que exerciam no órgão. A Sema irá abrir sindicância para investigar os três servidores.
A Operação Guilhotina foi desencadeada ONTEM terça-feira (3) pela Polícia Civil e Ministério Público para combater a extração ilegal de madeira no Estado. De acordo com a Promotoria do Meio Ambiente, a quadrilha teria movimentado R$ 58,3 milhões com o comércio ilegal de madeira. A operação continuará até que a polícia cumpra todos os mandados de prisão expedidos pela justiça. Mais de 100 madeireiras podem estar envolvidas com o esquema ilegal.
ONTEM foi movimentado na Delegacia Fazendária de Mato Grosso. Presos e advogados entravam e saíam a todo o momento da delegacia. A portas fechadas, os delegados que atuam na operação colhiam depoimentos.
A Operação Guilhotina foi desencadeada pela polícia após três meses de investigação. Os primeiros indícios de irregularidades foram detectados no cadastro de consumidores de produtos florestais da Sema. A polícia abriu seis inquéritos para apurar os casos e descobriu um esquema parecido com o esquema desmontado na Operação Curupira.
Rmt