Com isso ele vai analisar se o mesmo deverá cumprir a soma das penas em regime fechado ou semiaberto.
O juiz Leonardo Pitaluga, da Vara de Execução Penal de Cuiabá, solicitou que a delação premiada do ex-secretário de Estado, Pedro Nadaf, seja anexada para a analisar se o mesmo deverá cumprir a soma das penas em regime fechado ou semiaberto.
“Antes de proferir decisão somando as penas ora executadas, entendo necessária a juntada dos termos de acordos de colaboração premiada celebrados pelo apenado, a fim de verificar se há alguma especificidade em relação ao cumprimento das reprimendas, motivo pelo qual determino seja oficiado ao juízo da condenação solicitando cópia dos termos em questão”, diz trecho da decisão de terça-feira (21).
Pitaluga deverá decidir se acata ou não o pedido do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) que solicitou a unificação das penas do ex-secretário, para que o mesmo inicie o cumprimento de pena em regime fechado pelos seus crimes, que foram confessados e assumidos em sua colaboração premiada junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-chefe da Casa Civil do governo Silval Barbosa devolverá ao todo R$ 17 milhões, segundo compromisso firmado em acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF), em outubro de 2017. Pedro Nadaf se tornou réu em diversos processos decorrentes das operações Sodoma e Seven, deflagradas, respectivamente, pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) e pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que desvendou crimes de corrupção, desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa, entre 2011 e 2014.
Nadaf foi preso em 15 de setembro de 2015, na primeira fase da operação Sodoma e foi solto 10 dias antes de completar um ano preso no Centro de Custódia da Capital (CCC) e na base do Serviço de Operações Especiais (SOE). No acordo de colaboração premiada, Nadaf se compromete a devolver exatamente R$ 17,5 milhões aos cofres públicos.
Ele delatou vários figurões da política mato-grossense como o ex-ministro Blairo Maggi, o ex-governador Silval Barbosa , conselheiros do TCE, secretários e deputados.
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