quinta-feira, 19/09/2024
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Número de milionários no mundo cresceu 8,3% em 2006, diz pesquisa

O número de pessoas com mais de US$ 1 milhão disponível para investimentos no mundo cresceu 8,3% em 2006, totalizando 9,5 milhões de pessoas. Seus ativos disponíveis para investimentos (excluídos os valores de imóveis) totalizaram US$ 37,2 trilhões, um aumento de 11,4% em relação a 2005.

Os dados constam do relatório “World Wealth Report – 2007” (“Relatório Mundial de Riqueza”), feito pela consultoria Capgemini e pelo banco de investimentos Merril Lynch e divulgado nesta quinta-feira.

Foi a primeira vez em sete anos que o crescimento entre um ano e outro passou de 10% –em 2005, o crescimento foi de 8,5% e em 2004, de 7,8%.

Entre as regiões pesquisadas no relatório, o volume da riqueza na América Latina teve em 2006 o crescimento mais expressivo, com avanço de 23,2%, chegando a US$ 5,1 trilhões. A contribuição da região no número total de milionários foi de 400 mil indivíduos –um aumento de 10,2% em relação a 2005.

No Brasil, o aumento no consumo e nos investimentos privados, além da queda na inflação em 2006 e dos preços das commodities, contribuíram para um aumento de 10,1% no número de milionários. O relatório, porém, não aponta quantas pessoas no país são milionárias.

Segundo o texto, o crescimento na América Latina se deveu ao avanço dos preços nas indústrias do petróleo e dos metais. “Os países [da região] vêm experimentando um “boom” ligado aos preços em alta das commodities e à rápida expansão econômica de parceiros comerciais, como a China”, diz o documento.

O subgrupo dos milionários com ao menos US$ 30 milhões disponíveis para investimentos foi o que teve o maior avanço, tanto em termos de número de indivíduos quanto de riqueza: no primeiro caso, a expansão foi de 11,3%, chegando a 94.970 pessoas, com ativos (excluídos os valores dos imóveis) totais de US$ 13,1 trilhões, uma alta de 16,8%.

A Europa foi a região com as menores taxas de crescimento em termos tanto de milionários como de volume de riqueza no grupo no ano passado: no primeiro critério, a expansão foi de 6,4%, atingindo 2,9 milhões de indivíduos, e, no segundo, houve alta de 7,8%, chegando a US$ 10,1 trilhões.

Mesmo assim, a Europa fica em segundo lugar nos dois quesitos, atrás apenas da América do Norte, que teve um crescimento de 9,2% no número de milionários (chegando a 3,2 milhões de pessoas), com US$ 11,3 trilhões para investimentos.

A África registrou a maior taxa de crescimento em termos de indivíduos no grupo dos milionários, com alta de 12,5%, e o segundo maior em termos de volume de ativos para investimentos, com alta de 14%. Os números da região, no entanto, são modestos: o continente africano contribuiu com 100 mil indivíduos, que detêm US$ 900 bilhões em recursos disponíveis para investimentos.

As demais regiões pesquisadas foram Ásia-Pacífico, com 8,6% de crescimento no número de milionários (2,6 milhões de pessoas) e de 10,5% no volume de ativos para investimentos (chegando a US$ 8,4 trilhões); e Oriente Médio, com crescimento de 11,9% no número de milionários (300 mil pessoas) e de 11,7% em valores (US$ 1,4 trilhão).

A pesquisa avalia 71 países e considera a riqueza total por país e a distribuição da riqueza entre a população adulta de cada país.

Luxo

Os gastos dos milionários com os chamados “investimentos em paixões” também tiveram crescimento no ano passado, segundo a pesquisa.

No topo da lista ficaram os artigos colecionáveis de luxo –mimos como automóveis, barcos e aviões–, com uma alta de 26% em relação a 2005. A Boeing, diz a pesquisa, teria recebido no ano passado 11 encomendas de aviões que estariam sendo construídos para serem “mansões móveis”, ao preço de US$ 150 milhões cada um.

Em segundo lugar vêm os gastos com obras de arte, que cresceram 20% na relação com 2005. “O mercado de arte tem atraído tanta atenção que hoje muitos investidores ricos, mesmo aqueles sem interesse particular em coleções, agora vêem pinturas, desenhos e esculturas como veículos viáveis para diversificarem suas carteiras dada a baixa correlação entre preços de obras de arte e o movimento cíclico de ações, títulos e imóveis”, diz o texto.

FO

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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