400 por semana. Para cada bairro, o advogado anotava em tabelas a quantidade de máquinas de caça-níqueis em operação e, com base nesse número, calculava quanto devia arrecadar como propina para entregar à polícia.
Essa é a linha da investigação aberta pela Corregedoria da Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual sobre o escândalo. Isso porque as tabelas montadas por Chokr e apreendidas na apuração seguem o padrão das anotações feitas pelo advogado em envelopes com R$ 27 mil achados em seu carro após um acidente, no dia 25.
Cada envelope tinha anotado, como destinatário, um número ordinal para designar o DP, como 16º (Vila Mariana) e 31º (Vila Carrão). Dentro, havia um cálculo. O total de caça-níqueis era multiplicado por 40. O resultado dessa conta era igual ao valor em dinheiro do envelope. Apenas nove distritos da cidade não constam dos envelopes e das tabelas como beneficiários da propina. E dois deles – 36º DP (Paraíso) e 70º DP (Sapopemba) – eram destinatários dos envelopes com dinheiro, mas não há valores nas tabelas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.