A vitória do Botafogo foi merecida e poderia ter sido por um placar ainda mais elevado porque além de marcar quatro gols, o time desperdiçou diversas oportunidades claras. Já o Vasco apenas mostrou combatividade já que suas linhas não se acertaram em nenhum momento da partida. Quando a torcida vascaína descobriu que a derrota era irremediável, passou a concentrar suas atenções no presidente Eurico Miranda, bastante ofendido durante todo o segundo tempo.
Neste sábado, pela sexta rodada, o Botafogo receberá o Náutico no Maracanã enquanto o Vasco vai ao Morumbi encarar o São Paulo.
O jogo – O Botafogo começou a partida de forma muito agressiva e foi recompensado logo aos dois minutos com o primeiro gol marcado por Dodô que aproveitou uma bela jogada de Zé Roberto pela direita para acertar um chute violento sem defesa para o goleiro Sílvio Luiz. A vantagem deu mais estabilidade ao Botafogo e levou intranquilidade ao Vasco que tinha dificuldades para trocar passes no meio campo além de exagerar nas faltas. Aos 16 minutos, a dificuldade em receber bolas fez Romário recuar até a intermediária e o Baixinho acabou fazendo falta sobre Túlio. Na cobrança, Juninho chutou forte no ângulo direito e o goleiro do Vasco não alcançou a bola que foi parar no fundo das redes.
O Vasco tentou reagir à base do entusiasmo mas a atuação irregular dos seus jogadores de meio-campo, especialmente Roberto Lopes e Tiaguinho impedia que o time conseguisse pressionar o adversário. O técnico Celso Roth chegou a mandar muitos recados para tentar acertar o posicionamento da equipe mas a melhor coisa que o Vasco conseguiu em termos ofensivos foi uma cabeçada do zagueiro Dudar após escanteio cobrado por Romário aos 24 minutos.
O Botafogo continuou melhor e poderia ter ampliado o marcador numa falta bem cobrada por Lúcio Flávio que foi defendida de forma magistral por Sívio Luiz. O Vasco continuava perdido em campo e o técnico Celso Roth, chamado de burro pela torcida, pensou até em antecipar a entrada de Leandro Amaral. Aos 38 minutos, Zé Roberto fez grande jogada individual mas concluiu nas mãos do goleiro vascaíno. Aos 45 minutos, Thiago Maciel fez um cruzamento perfeito para a entrada de Romário mas o zagueiro Alex se antecipou e mandou para escanteio no último lance importante do primeiro tempo.
O Vasco voltou para o segundo tempo com o atacante Leandro Amaral que voltava ao campo depois de mais de dois meses de inatividade causada por contusão. Só que a nova postura vascaína nem teve tempo de ser testada porque logo aos três minutos, Jorge Henrique escorou uma bola para Leandro Guerreiro que bateu de primeira. A bola tocou na parte interna do travessão e entrou para alegria da torcida botafoguense e decepção dos vascaínos. Foi o primeiro gol do volante com a camisa alvinegra.
Aos 10 minutos, Abedi arriscou da intermediária mas a bola beliscou o travessão e saiu. Nesta altura do campeonato, os torcedores do Vasco esqueceram o Vasco e passaram a ofender o presidente Eurico Miranda e exaltar Roberto Dinamite, maior ídolo da história do clube e principal opositor da administração atual.
Enquanto os vascaínos vaiavam, o Botafogo pressionava e marcava o seu quarto gol aos 12 minutos. Após cobrança de escanteio de Lúcio Flávio, Juninho desviou de cabeça e Dodô, livre na pequena área, só completou para as redes. Dodô poderia ter marcado mais um aos 17, mas errou a cabeçada quando estava livre. Um minuto depois, Celso Roth trocou Romário por Marcelinho numa tentativa de dar maior combatividade ao time. O Baixinho saiu correndo e não deu entrevistas mas a primeira intervenção de Marcelinho foi uma falta violenta que lhe rendeu um cartão amarelo.
Aos 28 minutos, Lúcio Flávio que já tinha cartão amarelo, fez falta dura no meio-campo e foi expulso. No lance, o árbitro Paulo César Oliveira chegou a mostrar o amarelo para o meia, mas alertado pelos vascaínos, parou o jogo e aplicou o cartão vermelho para o meia do Botafogo. Nos minutos finais, o Vasco lutou desesperadamente para marcar o seu primeiro gol, principalmente através de Leandro Amaral que voltou mostrando um bom futebol, mas o goleiro Júlio César, em noite inspirada, evitou que o Vasco saísse do zero.
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