Legislativo aciona a Justiça para saber porque Estado recebe menor número de doses de vacina
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa ingressou na Justiça com uma ação civil pública questionando a distribuição de vacinas por parte do Governo Federal.
A intenção é corrigir a “discrepância” do número de doses que são repassados para o Estado.
Desde o início da campanha nacional de vacinação, o vizinho Mato Grosso do Sul tem recebido um número bem maior de doses do que Mato Grosso, apesar de ter um índice populacional inferior.
A decisão do Legislativo foi anunciada presidente Max Russi (PSB), durante sessão ordinária, nesta segunda-feira (5).
A decisão foi tomada após reunião com o governador Mauro Mendes (DEM) e o secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo.
De acordo com o secretário, desde o início da campanha de vacinação, Mato Grosso do Sul vem recebendo um número superior de doses, mesmo tendo um índice populacional menor do que Mato Grosso.
Inicialmente, Figueiredo afirmou que a justificativa era de que o estado vizinho possui um população idosa maior.
Depois, a alegação foi de que a população indígena também era superior.
Contudo, sobraramu doses que estão servindo para vacinar outros grupos prioritários.
“Agora, surpreendentemente, Mato Grosso do Sul também recebeu mais vacinas para vacinar as forças de Segurança. Então, nós estamos fazendo gestão, junto ao Ministério da Saúde, à Secretaria de Saúde, à Casa Civil, à Assembleia também, para o ministério explicar por que existe essa diferença. Nós temos 3,5 milhos de habitantes e Mato Grosso do Sul tem 2,7 milhões. Ou seja, a população é muito menor que a nossa. Então, tem que haver uma explicação mais técnica sobre essa distribuição”, explicou o secretário.
Gilberto Figueiredo também cobrou o abastecimento do sistema por parte dos secretários municipais.
De acordo com ele, ainda hoje (5) ,será divulgado um novo ranking dos municípios sobre a campanha de vacinação.
“Outro fato que nos deixa em uma situação desconfortável é a falta de alimentação do sistema por parte do municípios, que são os responsáveis pela operacionalização da vacina. Inicialmente, nós publicamos um ranking, que gerou um certo desconforto junto aos secretários municipais. Hoje vamos divulgar um ranking classificando primeira dose e segunda dose. Eu quero acreditar que todos os nossos secretários estão empenhados em aplicar a vacina, mas vacina aplicada é aquela que está no braço das pessoas e no sistema do Ministério da Saúde. Sem fazer registro, fica difícil estabelecer a performance de cada um”, completou o secretário.
Com Diário de Cuiabá