Administração de Kallil ainda não acordou para a realidade
O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso(Sindimed-MT) recebeu denúncias de médicos que estão atuando na linha de frente em Várzea Grande de carga horária exaustiva por conta de abertura de 10 novos leitos de UTI e 22 de enfermaria sem a contratação de mais profissionais de saúde para atender a demanda de pacientes com Covid-19.
“Recebemos denúncias que está um caos completo em Várzea Grande. Os médicos que estão na linha de frente atuando no Pronto-socorro estão extremamente estressados, já que apesar da UPA estar como referência para casos de Covid-19, ainda continua sendo porta de entrada e ainda a prefeitura anuncia mais leitos, mas sem equipe médica. Não vamos admitir que os médicos fiquem doentes por conta de carga horária exaustiva por falta de planejamento da prefeitura de Várzea Grande”, denuncia o presidente do Sindimed-MT Adeíldo Lucena.
Segundo informações recebidas pelo Sindimed-MT apesar da UPA estar como referência nos casos de Covid-19 em Várzea Grande, a unidade não possui um tomógrafo. E todas as vezes que um paciente internado por conta do coronavírus precisa de uma tomografia é levado para o Pronto-socorro de Várzea Grande para a realização do exame. “Sabemos que as UPAs não tem contrato para fazer uma TC e com isso o paciente é levado para o Pronto-socorro colocando o vírus em circulação. Até que ele chegue na clínica para a tomografia, passa por corredores onde há funcionários e pacientes que estão sem os equipamentos de proteção. Não digo os médicos que tem os EPIs, mas outros que estão no PS. Sem contar que tem que passar novamente pelo plantonista, abrir uma ficha e fazer nova consulta. Ou seja, expor mais pessoas sem necessidade”, alerta o presidente do sindicato.
O Sindimed-MT inclusive já tem uma ação com uma liminar deferida sobre as condições de trabalho na pandemia denunciando a sobrecarga de trabalho e os riscos para todos os profissionais. “Vamos acionar a justiça para que a prefeitura de Várzea Grande cumpra a liminar e não coloque mais profissionais em risco”, comenta o assessor jurídico do Sindimed-MT Bruno Álvares, do escritório Álvares e Voucher.