A receita foi a segunda maior do período, atrás da apurada em São Paulo, que foi de US$ 1,08 bilhão
s exportações do agronegócio, em Mato Grosso, somaram US$ 969,87 milhões em janeiro, respondendo por 17,11% do total nacional.
A receita foi a segunda maior do período, atrás da apurada em São Paulo, que foi de US$ 1,08 bilhão.
A pauta do agro representa 98% da receita global das exportações mato-grossenses. Ou seja, de um total de US$ 988 milhões de faturamento em janeiro, US$ 969 milhões vieram diretamente das vendas desse segmento.
Na comparação com a performance de igual mês no ano passado, há incremento de 2,75%, já que a receita de janeiro de 2020, no Estado, foi de US$ 943,04 milhões.
Os dados são da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SCRI/Mapa).
Dentro da pauta mato-grossense de produtos, se destacaram, neste início de ano, os embarques de farelo de soja – expansão anual de 75,5% – e de milho – com crescimento de mais de 38,5% -.
Cada uma das commodities respondeu por 27% e 24%, respectivamente, de tudo que o Estado exportou no período.
Das vendas de farelo de soja, vieram US$ 241 milhões em negócios e do milho, outros US$ 272 milhões.
Apesar desses destaques, o algodão em pluma foi a commodity mais negociada no mês passada, respondendo sozinha por 29% de tudo que o Estado faturou.
Nesse item da pauta, foram movimentados US$ 290 milhões, cifras que apontam queda anual de 6,4%.
No País, as exportações do agro somaram US$ 5,67 bilhões, o que significou recuo de 1,3% na comparação com janeiro do ano passado (US$ 5,75 bilhões).
De acordo com o Mapa, a queda nas exportações de soja em grão, de quase meio bilhão de dólares, explica o recuo das exportações do agronegócio no mês de janeiro.
Essa redução foi compensada, em grande parte, pelo aumento do valor exportado de quatro produtos: milho (+42,5% ou +US$ 148,96 milhões em valores absolutos), açúcar de cana em bruto (+35,6% ou + US$ 141,06 milhões em valores absolutos), café verde (+30,2% ou +US$ 108,05 milhões) e farelo de soja (+28,3% ou +US$ 99,17 milhões em valores absolutos).
A queda nas exportações do agronegócio (-1,3%) em conjunto com o aumento das exportações dos demais produtos (+4,5%) fez com que a participação do agronegócio nas exportações brasileira declinasse de 39,6% em janeiro de 2020 para 38,3% em janeiro deste ano.
MILHO – As vendas externas de milho foram preponderantes no setor de cereais, farinhas e preparações, atingindo US$ 499,86 milhões (+42,5%), com alta de 22,1% no volume exportado e 16,7% no preço médio de exportação do cereal.
Segundo a SCRI, os embarques de milho iniciaram trajetória ascendente a partir de agosto de 2020, em função do atraso na colheita da segunda safra no ano passado, por questões climáticas.
FARELO DE SOJA – O farelo de soja em janeiro foi o destaque do setor complexo soja (grãos, farelo e óleo) atingindo US$ 449,59 milhões, alta de 28,3%.
As vendas foram influenciadas pela elevação dos preços médios em 27,2%, já que os volumes permaneceram praticamente os mesmos comparados a janeiro de 2020 (+0,8%).
A alta de preços reflete o baixo estoque de passagem da soja em grão nos principais exportadores mundiais, como os Estados Unidos e Brasil.
PREÇOS INTERNACIONAIS – O índice de preço dos produtos do agronegócio exportados pelo Brasil teve aumento de 1,2% entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021, enquanto o índice de quantum recuou 2,5%.
De acordo com a análise da SCRI, esse comportamento já reflete o aumento dos preços internacionais das commodities ocorrido a partir de maio de 2020, e que continua no princípio de 2021.
Por outro lado, a queda do índice de quantum das exportações do agronegócio brasileiro pode ser explicado pela forte queda da quantidade exportada de soja em grão, ocorrida em função do baixo estoque de passagem, do atraso no plantio da safra 2020/2021 em função da seca, e, posteriormente, do atraso nas áreas de colheita em decorrência das chuvas.