quinta-feira, 07/11/2024
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BRT ou VLT ? Sem autorização do município o estado não pode realizar nenhuma obra

O prefeito Emanuel defende um plebiscito na Capital e em Várzea Grande. Governador quer o BRT

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) não abre mão da luta contra a implantação do BRT em Cuiabá e busca fortalecer a sua luta pelo VLT, como modal de transporte urbano.

Em meio a várias ações – inclusive, judiciais -, o prefeito afirmou que o Governo de Mato Grosso não poderá executar nenhuma obra na Capital sem a autorização do Município.

Com isso, o impasse entre os gestores estadual e municipal pode travar a instalação do ônibus rápido de trânsito, o chamado BRT, em substituição da obra inacabada do veículo leve sobre trilhos (VLT).

Até por isso, foi apresentada a proposta para realização de um plebiscito para que a população cuiabana e de Várzea Grande possa participar da escolha do modal.

“É decreto. Você, como cidadão, ao fazer uma obra em sua casa, precisa da autorização da Prefeitura e está sob a fiscalização do município para fazer uma reforma ou ampliação. Então, como o Estado vai entrar na cidade sem autorização? Vira baderna. Não vai. Tem que apresentar o projeto à Prefeitura, que tem que aprovar (ou não). A omissão e o desleixo dos gestores do passado é que resultaram no que aconteceu. Cuiabá e Várzea Grande como ficaram? Arrebentaram as cidades”, afirmou Pinheiro, após audiência pública sobre a troca do VLT pelo BRT, na quinta-feira (04), na Assembleia Legislativa.

Defensor do VLT, o prefeito informou que autorizou os empresários que detêm a concessão do transporte coletivo na Capital a adquirir novos ônibus com portas do lado direito e também esquerdo.

“Na quarta, me reuni com a AMTU [Associação Mato-grossense do Transportadores Urbano]. Os empresários foram estabelecer uma preocupação sobre o VLT ou BRT. Vão encomendar, na segunda-feira [8], mais de 100 ônibus zero quilômetro. E se a gente colocar as portas à direita e der BRT, a porta tem que ser à esquerda. Olha o prejuízo para o sistema. Disseram que alternativa é fazer as portas dos dois lados. O sistema que for decidido, os ônibus já estarão prontos”, afirmou Emanuel.

Ainda na oportunidade, o deputado federal Emanuel Pinheiro Neto (PTB), o Emanuelzinho, apresentou a proposta de um plebiscito.

“A Constituição Estadual de Mato Grosso define que, em que grandes obras que mexam na região metropolitana, cabe consulta popular, mas não simplesmente botar uma urna para votar. É necessário que se faça uma campanha sobre quais são os pontos do BRT, quais são os pontos do VLT”, disse.

Emanuel Pinheiro defendeu a iniciativa do filho.

Aderindo a campanha “Plebiscito Já”, o chefe do Executivo municipal destacou que a criação de uma votação, no prazo de 90 dias, é o melhor caminho para definição sobre qual o melhor modal a ser implantado nas duas cidades.

“A Prefeitura vai abraçar a causa do ‘Plebiscito Já’”, disse.

Para ele, é importante saber o que os cuiabanos pensam sobre o assunto.

“Queremos ouvir o povo cuiabano, ouvir os grandes interessados. Então, uma consulta popular ouvindo quem vai escrever uma nova história na nossa Capital. Vou fazer um apelo aos deputados Elizeu Nascimento, Valdir Barranco e ao presidente da Assembleia, Eduardo Botelho: em respeito à nossa gente e ao nosso povo, vamos deixar a sociedade ser ouvida e participação nas decisões do Estado”, pediu.

A Constituição Estadual, no artigo sexto, detalha que o plebiscito deve ser convocado pela Assembleia Legislativa e oito deputados devem assinar a proposta para criação de um referendo.

“Vai poder ter uma campanha na TV, nas mídias virtuais e rádios, por exemplo, cinco minutos para quem é a favor e contra. Vamos democratizar essa discussão. Também teremos oportunidade de poder esmiuçar, debater a tarifa, onde está dando certo ou errado, manutenção e em que pé está o VLT aqui”, disse o prefeito.

A expectativa é de que o prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB) também anuncie sua adesao à campanha.

VLT X BRT – O governador Mauro Mendes (DEM) anunciou, em dezembro do ano passado, a mudança das obras do VLT, que está parado desde 2014, para o BRT.

Uma das vantagens apontadas é a tarifa mais acessível, na faixa de R$ 3,04, enquanto que, com o VLT, o valor ficaria em torno de R$ 5,28, ainda de acordo com os estudos.

Outro argumento são investimentos estimados serão de R$ 430 milhões, com aquisição de 54 ônibus elétricos; e menor custo e tempo de implantação, além de menor impacto no trânsito.

ComDiáriodeCuiabá

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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