sexta-feira, 22/11/2024
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DEM em MT não chega num acordo provoca racha e pode prejudicar eleições 2020

O racha no DEM que trata das candidaturas ao Senado já dá o que falar neste momento, mas um outro recado dado durante coletiva de imprensa pelo senador Jayme Campos causa preocupação ao projeto de reeleição do governador Mauro Mendes. Durante seu discurso, o parlamentar afirmou que se comprometeu a ajudar no projeto eleitoral do senador Wellington Fagundes (PL) em 2022. O problema é que Fagundes tem o sonho de comandar o Palácio Paiaguás e não descarta concorrer ao governo.

“Eu sou passarinho livre, ninguém me coloca em gaiola e sou leal a quem é leal a mim” afirmou Jayme Campos durante seu discurso na coletiva em que anunciou apoio ao candidato ao Senado Nilson Leitão (PSDB).

O imbróglio começou com a cassação da ex-senadora Selma Arruda. Com a abertura de uma vaga no Senado, o DEM propôs o nome do ex-governador Júlio Campos (DEM) para o pleito. Mauro Mendes, porém, não quis se comprometer com o projeto da família Campos já que seu vice Otaviano Pivetta (PDT) se lançou pré-candidato e Carlos Fávaro (PSD), que concorreu na chapa de Mendes e assumiu o cargo vago no Senado temporariamente, também vai buscar a efetivação de seu nome no Congresso.

Mendes teria afirmado que Júlio Campos seria sua terceira opção nessa eleição ao Senado. O posicionamento do governador desagradou os irmãos Campos, que decidiram apoiar Leitão. O tucano, então, ofereceu a primeira suplência a Júlio. Fávaro até tentou dialogar com o grupo, porém, sem a possibilidade de ceder a primeira suplência ao DEM, uma vez que está fechado com o PP de Blairo Maggi, acabou não prosperando.

Divisão tripla 
Hoje o DEM está dividido em 3 candidatos ao Senado. A família Campos e seu grupo apoia de forma oficial Nilson Leitão, já o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho apoia o vice-governador Otaviano Pivetta e Mauro Mendes e seu grupo devem apoiar Carlos Fávaro.

Questionado sobre o apoio ao Fagundes ao governo, Jayme Campos desconversou. “Fagundes terá nosso apoio na eleição de 2022. Agora não sabemos qual a intenção dele, não sabemos nem se quem vai estar vivo até lá”, disse o senador.

Fagundes não esconde a vontade de concorrer ao governo. “Quando você constrói um trabalho, isso vai sendo edificado. Agora mais do que nunca essa união permite um projeto no futuro, é natural que haja uma união que, no meu caso, pode ser a Senado ou ao governo, uma vez que fui candidato a governador na última eleição e tenho esse sonho”, ressaltou Fagundes. Ele indicou o assessor José Márcio (PL) para a segunda suplência de Leitão e fechou assim a chapa que deve ser efetivada nas convenções partidárias, marcadas para começar no dia 30 de agosto.

Coligação não definida 
O presidente do partido, Fábio Garcia, afirmou que apenas o diretório pode definir com quem vai coligar durante o pleito. “Temos decisões individuais de lideranças do partido, mas o partido não tem essa definição porque só o diretório pode definir”. Ele disse que recebeu com naturalidade a posição dos irmãos Campos, por entender que é normal que líderes defendam projetos diferentes quando o partido não tem um projeto principal.

“Estamos conversando com toda a maturidade e dialogando para que a gente possa chegar em uma decisão comum do Democratas. Essa decisão é diretório e só o diretório pode decidir com quem um partido irá coligar. O que vamos tentar fazer é amadurecer essa decisão entre os principais membros do partido para que a gente chegue com uma posição única, mas não há uma posição definida nessa questão”.

Quanto à declaração de Jayme de fechar compromisso com Fagundes para 2022, Garcia afirmou que conhecendo o histórico do colega de partido, qualquer projeto majoritário do DEM, Jayme estará junto.

Eleição Municipal 
As diferenças internas no pleito ao Senado não devem interferir na eleição que vai acontecer no mesmo dia que vai eleger prefeitos e vereadores de todos os municípios. Júlio Campos deixou claro que o DEM estará unido no nome que for escolhido para concorrer à eleição em Cuiabá e nas outras cidades.

Os líderes do DEM se reuniram após a coletiva do PSDB para discutir o nome que seria indicado para concorrer à prefeitura. Até o momento o nome mais cotado é o do suplente de senador Fábio Garcia. O nome do ex-deputado federal é consenso no partido e só aguarda a sinalização positiva de Garcia, que enfrentava resistência por parte da família.

“Ainda não temos essa definição. Até as convenções isso será definido, mas é preciso avaliar todas as possibilidades para que tenhamos um nome forte e que atenda aos projetos que o DEM tem para a cidade de Cuiabá”, disse Garcia.

Com Jornal Gazeta

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Parmenas Alt
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