A pesquisa realizada mensalmente pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) apurou que na passagem de junho para julho deste ano , o número de devedores de Mato Grosso caiu ‐0,99%. Na região Centro‐Oeste, na mesma base de comparação, a variação foi de ‐1,86%. Mesmo assim, cerca de 1,192 milhões de pessoas continuam com CPF negativado no estado.
Os dados se apresentam elevados quando comparados com o mesmo período do ano passado, quando a inadimplência cresceu 7,04% (em julho de 2020, em relação a julho de 2019). O dado ficou acima da média da região Centro‐Oeste (3,87%) e acima da média nacional (‐1,35%).
“Tivemos uma leve melhora de um mês para o outro no número de pessoas que conseguiram sair do banco de dados de restrição ao crédito. Mas se compararmos com o ano passado, esses números ainda estão elevados, tendo em vista diversos fatores que influenciaram para esse resultado, entre eles, a grave crise econômica causada pelo coronavirus. Este cenário só deve mudar quando a retomada da economia for percebida de fato pela população, ou seja, com a geração de novos empregos e consequentemente com o aumento de renda”, analisa o superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá), Fábio Granja.
O levantamento apontou ainda que em julho de 2020, o número de dívidas em atraso de moradores de Mato Grosso cresceu 6,52%, em relação a julho de 2019. O dado ficou acima da média da região Centro‐Oeste (1,89%) e acima da média nacional (‐4,30%). Na passagem de junho para julho, o número de dívidas de Mato Grosso caiu ‐1,27%. Na região Centro‐Oeste, nessa mesma base de comparação, a variação foi de ‐2,11%.
Por sexo
O indicador mostra que as pessoas entre 30 e 39 anos têm participação mais expressiva no número de inadimplentes, com uma abertura de 26,37%. Na sequência, aparece a população que têm entre 40 e 49 anos, o que representa 21,43% de negativados.
Os jovens entre 18 e 24 anos representam quase 10% de inadimplentes em Mato Grosso. Já de idosos de 65 a 84 anos são apenas 8,67%.
Setores
Dentre os setores que possui a maior participação de número de dívidas e devedores, estão os bancos com 31,63%, seguido do comércio 31,09%, Água e Luz 16,71%, Comunicações 13,66% e outros 6,91%.