A confiança da indústria no Brasil mostrou recuperação pelo terceiro mês consecutivo em julho, refletindo a melhora da perspectiva para os próximos meses, embora haja cautela sobre o momento atual.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou nesta quarta-feira (29) que seu Índice de Confiança da Indústria (ICI) teve alta de 12,2 pontos em julho, a 89,8 pontos, registrando a segunda maior variação positiva da série histórica.
O índice voltou a apresentar crescimento em médias móveis trimestrais em julho, de 65,7 pontos para 76,3 pontos, depois de ter quatro meses de queda.
“A confiança da indústria de transformação segue avançando impulsionada pela diminuição do pessimismo para os próximos três meses”, explicou Renata de Mello Franco, economista da FGV-Ibre.
“Porém, os indicadores que medem a situação atual mostram que o grau de insatisfação com o momento presente permanece elevado”, alertou ela.
A economista também citou “cautela em relação à velocidade e consistência da recuperação dada incerteza ainda muito elevada”.
Em julho, o Índice de Expectativas, que mede a percepção dos empresários sobre o futuro da indústria, subiu 14,3 pontos, a 90,5 pontos, enquanto o Índice de Situação Atual cresceu 9,9 pontos, a 89,1 pontos.
Ambos continuam abaixo de seus níveis pré-pandemia, mas o IE já recuperou aproximadamente 78% das perdas observadas entre março e abril, enquanto o ISA apenas 65%.
Entre os indicadores que compõem o IE, produção prevista e emprego previsto variaram 16,1 pontos e 16,5 pontos respectivamente, para 99,0 pontos e 93,0 pontos, recuperando grande parte da perda observada em março e abril.
A melhora na confiança da indústria ocorre em meio à flexibilização das medidas de prevenção do coronavírus em vários centros econômicos importantes do Brasil.
CNN