Dos 12 meses do ano, o cidadão brasileiro tem de trabalhar 4 meses e 26 dias para pagar tributos, ou 146 dias, incluindo impostos, taxas e contribuições cobrados pelos governos federal, estadual e municipal, de acordo com dados do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário). Ou seja, no próximo dia 26 de maio, sábado, terminaria o período se todos os rendimentos tivessem esse destino.
Em 2003, do seu rendimento bruto, o contribuinte brasileiro teve que destinar em média 36,98% para pagar a tributação sobre os rendimentos, consumo, patrimônio e outros. Em 2004 comprometeu 37,81%, em 2005 destinou 38,35%, em 2006, 39,72% e, neste ano, comprometerá 40,01% do seu rendimento.
Segundo Gilberto Luiz do Amaral, a classe média brasileira teve acréscimo de tributação. A classe alta permaneceu no mesmo patamar, enquanto que houve leve recuo sobre as populações mais pobres.
“É notório que o principal entrave do crescimento econômico brasileiro é a elevadíssima carga tributária”, disse.
De acordo com o estudo, o Brasil fica atrás da Suécia e da França nos dias trabalhados para arcar com os tributos. Na Suécia, são 185 dias e, na França, 149. O levantamento também mostra os prazos de outros países como Espanha (137), Estados Unidos (102), Argentina (97), Chile (92) e México (91).
O levantamento também aponta que o brasileiro, na mesma comparação, trabalha o dobro do que na década de 70 para pagar os impostos. Naquele década a média ficou em 76 dias. Já na década de 80 a média passou para 77 dias e, na de 90, para 102 dias.