quinta-feira, 21/11/2024
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Ação da polícia e da Justiça deve continuar “doa a quem doer”, afirma Lula

“Eu não faço comentário de operação de polícia, porque é apenas o começo. Depois da operação da polícia, tem todo um critério de investigação, que um presidente da República, de forma responsável, precisa tomar cuidado ao falar. Eu não posso pré-julgar ninguém nem inocentar”, afirmou depois de inaugurar trecho da Ferrovia Norte-Sul em Araguaína, em Tocantins.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes concedeu nesta sexta-feira um habeas-corpus determinando a imediata libertação do ex-procurador-geral do Estado do Maranhão, Ulisses César Martins de Souza, preso pela Polícia Federal durante a Operação Navalha, deflagrada na quinta-feira. Ao todo, 47 pessoas foram presas pela operação, já que um dos que seguiam foragidos foi detido em São Paulo nesta sexta-feira.

Desse total, 45 se encontram na superintendência da PF de Brasília – três chegaram do Piauí no início da tarde -, onde devem começar a prestar depoimentos a partir da próxima segunda-feira. O outro foragido, Zaqueu de Oliveira Filho, ainda não foi localizado.

Sobre a suspeita de que a organização presa na Operação estaria fraudando obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o presidente também preferiu não falar sobre o assunto.

“Envolve todas as obras, são nove Estados envolvidos. Houve a prisão, tem denúncia, tem escuta telefônica, agora entra no processo. Com muita tranqüilidade, nós temos que deixar que a polícia e a Justiça façam a sua parte, doa a quem doer”, finalizou.

Como foi a Operação

A Operação Navalha prendeu na última quinta-feira 46 pessoas acusadas de desviar recursos de obras públicas em nove Estados e no Distrito Federal.

Entre as pessoas acusadas de participar do esquema estão o assessor do Ministério de Minas e Energia Ivo Almeida Costa, o servidor do Ministério do Planejamento Ernani Soares Gomes Filho (cedido à Câmara dos Deputados), o ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares (PSB) e o deputado distrital, Pedro Passos (PMDB).

Desde o início das investigações, em novembro de 2006, os policiais federais constataram a atividade de uma organização criminosa cujo objetivo principal era a obtenção de lucros através da execução de obras públicas, organizada e estruturada para a prática de variados delitos, como fraudes em licitações, corrupção passiva e ativa, tráfico de influência e lavagem de dinheiro, dentre outros crimes de igual gravidade.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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