A Polícia Federal de Mato Grosso prendeu ao menos 30 pessoas –entre índios, servidores do Ibama e empresários– durante uma operação contra o desmatamento, destruição de floresta e venda ilegal de madeiras realizados dentro do Parque Indígena do Xingu –uma área de preservação.
Os policiais ainda cumpriram 57 mandados de busca e apreensão em sete cidades de Mato Grosso –Feliz Natal, Sinop, Sorriso, Vera, Cuiabá, Canarana e Chapada dos Guimarães–, duas de Goiás –Rio Verde e Goiânia–, Londrina (PR), Rio do Cedros (SC), além da aldeia Terra Nova, localizada no próprio parque.
Segundo a PF, os três índios presos, da etnia Trumai, facilitaram a ação ilegal de empresários e madeireiros dentro da reserva indígena. Mais de 15 empresas envolvidas tiveram seu fechamento decretado e foram lacradas.
A 1ª Vara Federal de Mato Grosso expediu 47 mandados de prisão e 57 de busca e apreensão a pedido do Ministério Público Federal.
De acordo com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), nos últimos anos, foram extraídos, ilegalmente, cerca de 40 mil metros cúbicos de madeira do interior do parque.
A operação foi batizada de Mapinguari, que, pela lenda indígena, é o nome de uma criatura da floresta amazônica, informou a PF. Participaram da operação 37 servidores do Ibama e 60 policiais federais.
FOL