O príncipe Harry não será mais enviado ao Iraque devido a “ameaças específicas” contra ele, informou o chefe do Estado-Maior do Exército britânico, Richard Dannatt, nesta quarta-feira.
Segundo ele, neste momento, seria “arriscado demais” enviar o príncipe para o combate.
“Houve ameaças específicas, relacionadas diretamente com Harry”, afirmou Dannatt. “Estas ameaças o expuseram a um grau de risco que consideramos inaceitável”, acrescentou.
O escritório do príncipe afirmou que, embora esteja desapontado com a decisão, Harry não deixará o Exército. “Ele compreende a decisão difícil do general Dannatt, e continua comprometido com a sua carreira militar”, diz um comunicado da Clarence House.
O chefe do Estado-Maior já havia dito que o envio de Harry ao país ainda seria revisado.
Ele seria o primeiro membro da família real britânica a servir em uma zona de combate desde que seu tio, o príncipe Andrew, pilotou um helicóptero na Guerra das Malvinas, em 1982.
Recentemente, houve relatos de ameaças de seqüestro e morte contra o príncipe.
Em abril, o jornal “The Times” informou que um ataque rebelde que matou dois soldados do Reino Unido no Iraque teria sido um “ensaio” para uma ação planejada contra o Harry.
De acordo com o jornal, a ação teve como alvo um veículo militar do mesmo tipo que o que deve ser utilizado por Harry –um veículo de reconhecimento Scimitar–, e ocorreu na mesma região para onde ele deveria ser enviado neste mês.
O príncipe, de 22 anos, deveria liderar uma tropa de 11 soldados que realizaria trabalhos de reconhecimento e coleta de inteligência usando tanques blindados e quatro veículos Scimitar.
Com Reuters, Efe e Associated Press