Levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que foram abatidas 7,08 milhões de cabeças de bovinos, considerando-se que a pesquisa acompanha o abate efetuado por estabelecimentos que recebem algum tipo de inspeção, seja municipal, estadual ou federal.
Mato Grosso concentrou 16% do abate total de bovinos, seguido de São Paulo (13%) e, Mato Grosso do Sul, 12%.
Ainda de acordo com a pesquisa do IBGE, no primeiro trimestre de 2006 o abate de suínos (5,822 milhões de animais) caiu 5,23% ante o quarto trimestre de 2005 – mas, ainda assim, foi 9,18% maior do que o abate no mesmo período do ano passado.
Os principais Estados em abate de suínos no primeiro trimestre de 2006 foram Santa Catarina (com participação de 31% no total de abates), Rio Grande do Sul (22%), Paraná (16%) e Minas Gerais (10%).
A pesquisa também revelou que no primeiro trimestre de 2006 foram abatidos 1,014 bilhão de cabeças de frangos, aumento de 12,21% ante os abates de frango no primeiro trimestre de 2005 e de 1,17% ante o quarto trimestre deste mesmo ano.
FRANGO VIVO – Ao alcançar, no primeiro semestre de 2006, cotação média de R$1,02/kg, o frango vivo comercializado no interior paulista registrou seu pior desempenho financeiro dos últimos 10 semestres, ou seja, abaixo da média do primeiro semestre de 2006 só mesmo a observada no primeiro semestre de 2001, quando mal se iniciava o século XXI.
É verdade que, ao menos nominalmente, a atual média é cerca de 1% superior à média de R$1,01/kg registrada tanto no segundo semestre de 2001, quanto no primeiro semestre de 2002. Mas basta considerar a inflação acumulada no período para concluir que este foi um dos mais fracos desempenhos – senão o mais fraco – dos últimos cinco anos e meio.
O recuo observado no primeiro semestre deste ano não é fato novo, ocorre há três primeiros semestres consecutivos e deixa a impressão (falsa, espera-se) de que o setor já se acostumou ao fato, admitindo enfrentar perdas na primeira metade de cada ano, certo de que conseguirá recuperar-se na segunda metade do período. Surpreendentemente, até as cotações do segundo semestre recuam, como aconteceu no ano passado. Porém, segundo os especialistas, o que importa agora é saber se existe possibilidade de reverter a curva – neste caso inédita, mas também declinante – do segundo semestre de 2005, tornando-a novamente ascendente.
Para que isso venha a ocorrer é preciso que o frango vivo alcance, nos seis meses que apenas se iniciam, cotação média superior a R$ 1,39/kg, valor médio alcançado nos seis meses finais do ano passado e quase 40% superior aos preços obtidos pelo frango vivo atualmente.
Uma cotação, também, que não é alcançada pelo setor desde novembro de 2005. Ou seja: a reversão parece difícil, senão impossível. A menos que o setor adote medidas radicais objetivando um maior equilíbrio entre oferta e consumo (interno e externo). Mas até mesmo isso vem se revelando pouco provável.