Segundo informações de pesquisadores, coloração inusitada do animal se deve a uma anomalia genética; após estudos, ela será devolvida ao mar
O que você faria se desse de cara com um animal extremamente raro? Este foi o dilema encarado por Daryl Dunham, capitão de um barco de pesca da cidade de Stonington, no estado do Maine (EUA). Na última terça-feira (10), quando navegava pelas águas da Baía Penobscot, ele ficou frente a frente com uma raríssima lagosta mutante de duas cores.ADVERTISEMENT
Segundo informações do jornal The New York Times, pesquisadores e cientistas do Centro de Pesca Costeira do Maine revelaram que as chances de se encontrar um espécime deste tipo de lagosta são de cerca de uma em 50 milhões e que sua coloração incomum é resultado de uma anomalia genética.
Devido a raridade do animal, Dunham optou por doá-lo ao centro de pesquisas para que ela fosse estudada. Lá, ficará ao lado de outros espécimes raros encontrados anteriormente, incluindo uma lagosta azul , que é encontrada em uma a cada duas milhões de oportunidades, e duas lagostas cálico , que tem desenhos na casca que parecem com uma constelação e são encontradas em uma a cada 30 milhões de chances.
O tanque que servirá de casa para o novo hóspede é conhecido por abrigar outros espécimes raros de lagosta. Antes da chegada da mutante bicolor , já passaram por lá uma albina e uma amarela com pintas negras, ambas bastante exóticas.
O centro de pesquisa costuma receber estes animais dos pescadores e aproveita para utilizá-los em pesquisas e como objeto de estudo. Cerca de sete mil pessoas visitaram o Centro de Pesca Costeira do Maine no último ano e assistiram aulas sobre os animais, que são alvo de muita procura dos visitantes.
Entre os pesquisadores , a nova visitante já virou motivo de conversas e até de piadas. Patrick Shepard, um dos especialistas do centro, disse que ouviu de um colega que o animal está ‘meio cozido’, pois tem a coloração alaranjada, característica de um animal que foi cozinhado, em apenas um dos lados.
Apesar de ser uma novidade, a lagosta não ficará no local por muito tempo. De acordo com o próprio Shepard, ele deve ser devolvido ao local de onde foi pescado em duas ou três semanas, tão logo as análises sobre seu estado de saúde e características sejam finalizadas.
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