O delator e ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Afonso Dalberto, alegou problemas de saúde e renegociou a dívida com a Justiça, estabelecido no acordo de delação firmado em 2016. Com a autorização do juiz Jorge Luiz Tadeu, da 7° Vara Criminal, o réu terá mais prazo para pagamento do valor restante referente a ressarcimento pelo dano ao erário.
Leia também -Ex-secretário de Educação é investigado por proteger servidores acusados de fraude
No pedido, o investigado alegou que já pagou quase todo o valor do ressarcimento e que motivo de doença prejudicou a quitação da integralidade do montante de R$ 1.412.809,03. Restam ainda R$ 155.670,88, que são de reajuste monetário.
Desse valor ele já pagou 5 parcelas, que totalizam R$ 15.567,10. O restante da indenização, R$ 140.103,78 será quitada em 45 vezes de R$ 3.113,42. O valor da renegociação começou a ser repassado à Justiça em junho e deve se estender até 2022.
Afonso Dalberto foi preso em 2016, durante a deflagração da Operação Seven. Ele é acusado de falsificar documentos para que o Estado conseguisse comprar duplamente uma área de terras de pouco mais de 500 hectares, na região do Manso.
O Executivo estadual pagou R$ 7 milhões pelo local, que está dentro de uma área de preservação, que já tinha sido adquirida pelo Estado. O valor milionário foi revertido para a organização criminosa liderada pelo ex-governador Silval Barbosa (sem partido), da qual Dalberto fazia parte.