Fenômeno editorial com mais de 125 mil exemplares vendidos só no Brasil, O Doce Veneno do Escorpião, livro de memórias da ex-garota de programa Bruna Surfistinha, criou um novo filão.
Lançado agora, O Diário de Marise ¿ A Vida Real de uma Garota de Programa (Matrix Editora, 416 págs., R$ 34,90) reúne os manuscritos da gaúcha Vanessa de Oliveira, que deixou a prostituição após três anos e meio.
“Fiz o último programa dia 18 e dei um exemplar autografado ao cliente”, garante Vanessa, que explica no livro suas jogadas para se destacar ¿ entre elas, pintar o cabelo de ruivo ao ver que louras e morenas dominavam os classificados eróticos de jornal.
Instigante, a prostituição de luxo é tema também do próximo livro do escritor Marcelo Rubens Paiva. Ele já aborda a questão num conto do recém-lançado O Homem que Conhecia as Mulheres (Objetiva, 159 págs., R$ 34,90), em que um garanhão garimpa uma garota de programa pela Internet.
“Fiquei amigo de uma “gigolô” nas minhas pesquisas. Só escrevi 10 páginas do livro novo, mas dá um pouco de pena: é um universo muito triste”, destaca.
Marcelo, claro, deparou-se com o blog de Surfistinha, que fez a fama da moça e originou o best-seller. “É bem escrito. Imagina se ela fosse eleita para a Academia Brasileira de Letras? Ia ter muito velho correndo para a farmácia para comprar Viagra”, ironiza.
Há oito meses entre os mais vendidos, O Doce Veneno…, já editado em países como Holanda e Vietnã e em pré-venda nos EUA, virou audiolivro há dois meses, com a voz da própria Bruna ¿ Raquel Pacheco na carteira de identidade.
“Vamos lançar o CD nas livrarias e disponibilizamos para download no nosso site. Tem mais procura que o audiolivro de “O Código Da Vinci””, diz o diretor da editora Audiolivro, Marco Giroto.
A Editora Planeta, que lançou Bruna em toda a América Latina, importou O Diário de Virginia (296 págs., R$ 34,90), da acompanhante espanhola Alejandra Duque.
Vanessa de Oliveira, que diz ter imaginado seu livro antes do lançamento de Bruna, afirma que as publicações não fazem apologia: “Não está na moda ser garota de programa. Existe um lado muito sofrido nisso”. Palavra de quem sabe.
O Dia