Melhor time da primeira fase do Campeonato Paulista, o Santos, atual campeão estadual, apenas empatou por 0 a 0 com o Bragantino, neste sábado, no estádio do Pacaembu, na abertura da fase semifinal do torneio.
O resultado deixa aberta a disputa por uma vaga na decisão do torneio. No dia 22 de abril (domingo), as duas equipes voltam a jogar, no Morumbi. Quem vencer fica com a vaga. Em caso de empate, o time de Vanderlei Luxemburgo se classifica graças a sua melhor campanha.
Favorita, a equipe da Baixada liderou a primeira fase com 50 pontos, seis acima do vice-líder São Paulo, com um aproveitamento de 88%. Já o Bragantino assegurou sua ida à fase de mata-mata apenas na última rodada, quando eliminou o Palmeiras.
Mesmo sendo apontado como azarão do torneio, o clube do interior paulista tem uma história vitoriosa no Estadual: conquistou o título da competição em 1990, quando era comandado por Vanderlei Luxemburgo.
Luxemburgo, que faz questão de afirmar que tem um “carinho especial” pelo adversário de hoje, pôde escalar todos os seus onze titulares. Nem isso foi suficiente para passar pelo Bragantino, dono da segunda melhor defesa do torneio –sofreu somente 17 gols.
O jogo
O Santos precisou de somente três minutos para assustar pela primeira vez o goleiro Felipe. Em jogada de bola parada, Kléber cruzou, a bola passou por grande parte da área do Bragantino e chegou a Rodrigo Tiuí, que finalizou para defesa segura do arqueiro do time do interior paulista.
O troco do Bragantino veio cinco minutos depois, quando Antônio Carlos errou passe em sua intermediária. A bola ficou com André, que avançou sem marcação e arriscou de fora da área. Mostrando uma boa elasticidade, Fábio Costa desviou para escanteio.
Mesmo tendo a maioria dos seus contra-ataques parados com faltas, o Santos continuou criando chances de abrir o marcador. Aos 26min, Tiuí recebeu bom passe dentro da área e chutou cruzado. Felipe caiu bem e, em dois tempos, ficou com a bola.
Postado no campo de defesa, o Bragantino se aproveitava das equivocadas saídas de bola do Santos e saía em velocidade rumo ao campo de ataque. Na maioria das vezes, no entanto, os comandados de Luxemburgo conseguiam a recuperação e o desarme.
O Santos voltou para o segundo tempo sem o lateral-direito Pedro. Em seu lugar, entrou Dênis, que perdeu a bola aos 7min e permitiu que Somália colocasse Alex Afonso sozinho na frente da meta adversária. Lento, o atacante do Bragantino demorou para finalizar e, quando chutou, a bola saiu fraca e no meio do gol.
Melhor em campo, a equipe treinada por Marcelo Veiga viu a sua superioridade ser posta em perigo aos 17min, quando Luís Henrique fez falta dura em Rodrigo Tiuí, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso.
Com um homem a mais, o Santos se lançou ao ataque em busca do gol. Mesmo com muitos jogadores na frente, não conseguia passar pela defesa do Bragantino e praticamente não criava chances para abrir o placar.
Uma das poucas oportunidades surgiu, justamente, em um lance típico do “abafa”. Após confusão no lado esquerdo da defesa interiorana, a bola sobrou para Marcos Aurélio bater rasteiro para defesa segura de Felipe