domingo, 10/11/2024
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Luta contra a osteoporose

A osteoporose é uma doença que torna os ossos frágeis e quebradiços. O osso fica tão frágil que uma queda ou até mesmo estresses leves, como curvar-se, pode causar uma fratura. Fraturas relacionadas com a osteoporose ocorrem mais comumente no quadril, punho ou coluna.

O tecido ósseo está constantemente sendo renovado e substituído. A osteoporose ocorre quando a criação de um osso novo não se mantém com a remoção do osso velho, ou seja, o osso se torna literalmente poroso.

A osteoporose afeta homens e mulheres de todas as raças. Mas as mulheres brancas e asiáticas – especialmente as mulheres mais velhas que estão na menopausa – correm maior risco. Medicamentos, dieta saudável e exercícios com peso podem ajudar a prevenir a perda óssea ou fortalecer os ossos já fracos.

Existem sintomas que aparecem já nas primeiras fases de perda de massa óssea. Mas uma vez que os ossos foram enfraquecidos pela osteoporose, você pode ter sinais e sintomas mais acentuados que incluem: dor nas costas, causadas por uma vértebra fraturada ou colapsada;
– perda de altura ao longo do tempo; postura curvada; fraturas ósseas quem ocorrem mais facilmente do que o esperado; e dores “ósseas” generalizadas.

Os ossos estão em um estado constante de renovação. Quando somos jovens, o corpo faz com que o osso novo cresça mais rápido do que ele quebra, aumentando consequentemente a massa óssea. A maioria das pessoas atinge o pico de massa óssea por volta dos 20 anos. Nas pessoas idade, a massa óssea diminui mais rapidamente do que é criada.

Como a probabilidade de uma pessoa desenvolver osteoporose depende em parte de quanto de massa óssea ela alcançou em sua juventude, quanto maior o pico de massa óssea, ou seja, menor a probabilidade de desenvolver osteoporose com a idade.

Uma série de fatores podem aumentar a probabilidade de desenvolver osteoporose:
– Sexo: as mulheres são muito mais propensas a desenvolver osteoporose que os homens;
– Idade: quanto mais velho, maior o risco de osteoporose;
– Raça: o risco de osteoporose é maior entre brancos ou pessoas de origem asiática;
– História familiar: ter um pai ou irmão com osteoporose aumenta o risco, especialmente se a mãe ou o pai sofreu uma fratura de quadril;
– Massa óssea: homens e mulheres que têm densidade óssea e estrutura   pequenas tendem a ter um maior risco, porque podem ter menos massa óssea para retirar à medida que envelhecem;
– Níveis hormonais: a osteoporose é mais comum em pessoas que têm muita ou pouca quantidade de certos hormônios. Os exemplos incluem: queda do estrogênio, testosterona, hormônios da tireoide;
– Fatores dietéticos: como baixa ingestão de cálcio, anoréxicos, cirurgias gástricas;
– Uso de esteróides e outros medicamentos por tempo prolongado.

Alguns maus hábitos podem aumentar o risco de osteoporose. Os exemplos incluem:
– Estilo de vida sedentário: as pessoas que passam muito tempo sentadas têm maior risco de osteoporose do que aquelas mais ativos. Qualquer exercício e atividade que promova o equilíbrio e a boa postura é benéficos para os ossos, mas, andar, correr, fazer musculação ou fortalecimento em geral e dançar parecem ser mais eficazes;
– Consumo excessivo de álcool: o consumo regular de mais de duas bebidas alcoólicas por dia aumenta o risco de osteoporose;
– Uso do tabaco: estudos mostram que o consumo de tabaco contribui para o enfraquecimento dos ossos.

Recomendações de tratamento são baseadas em uma estimativa do risco de o indivíduo quebrar um osso nos próximos 10 anos, usando informações como o teste de densidade óssea. Se o risco não for alto, o tratamento pode não incluir medicação e pode concentrar-se em estilo de vida, segurança e modificação de fatores de risco para a perda óssea.

Para homens e as mulheres com maior risco de fratura, cuja densidade mineral óssea já está mais avançada, os medicamentos mais amplamente prescritos para osteoporose são bifosfonatos. Nos casos de reposição hormonal feminina, o estrogênio, especialmente quando iniciado logo após a menopausa, pode ajudar a manter a densidade óssea somente se os sintomas da menopausa também necessitarem de tratamento. Nos homens, a osteoporose pode ser ligada com um declínio gradual nos níveis de testosterona, relacionado com a idade. A terapia de reposição de testosterona pode ajudar a aumentar a densidade óssea.

Se você não pode tolerar os tratamentos mais comuns para a osteoporose, se eles não funcionarem bem o suficiente ou se o caso for severo, o médico pode sugerir tentar outros medicamentos subcutâneos, intramusculares e endovenosos.

Três fatores essenciais para manter osossos saudáveis ao longo da vida são:
– Quantidades adequadas de cálcio: homens e mulheres entre as idades de 18 e 50 precisam de 1.000 miligramas de cálcio por dia. Mulheres maiores de 50 e homens com mais de 70 devem aumentar para 1.200 miligramas. Se você achar que é difícil obter o suficiente de cálcio de sua dieta, considere tomar suplementos de cálcio.

– Quantidades adequadas de vitamina D: a vitamina D melhora a capacidade do organismo de absorver cálcio. Muitas pessoas recebem quantidades adequadas de vitamina D da luz solar, mas isso pode não ser uma boa fonte se você vive em latitudes altas ou em ambientes cobertos. Se você for sair de casa, ou se usar regularmente protetor solar ou evitar o sol completamente por causa do risco de câncer de pele.

– Exercício regular: o exercício pode ajudá-lo a construir ossos fortes e diminuir a perda óssea. O exercício irá beneficiar os seus ossos não importa quando você começar, mas você vai ganhar o máximo de benefícios se você começar a se exercitar regularmente quando você é jovem e continuar a exercer toda a sua vida.

Combine exercícios de treinamento de força com exercícios de levantamento de peso. O treinamento de força ajuda a fortalecer os músculos e ossos em seus braços e a parte superior da coluna, e exercícios de impacto – como caminhar, correr, subir escadas, pular corda – afetam principalmente os ossos em suas pernas, quadris e coluna. Há evidências de que os ciclistas competitivos têm reduzida densidade mineral óssea. Natação, ciclismo e exercícios em máquinas como os equipamentos elípticos podem fornecer um bom treino cardiovascular, mas não são tão úteis para melhorar a saúde óssea, como exercícios de levantamento de peso são.

Ana Paula Simões é Professora Instrutora da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Mestre em Medicina, Ortopedia e Traumatologia e Especialista em Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte; e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte.

Enviado por Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
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Parmenas Alt
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