A primeira aparição do “Le Bikini” aconteceu em um desfile em Paris, em 1946. Mas, o estilista Louis Reard, que criara a peça, não conseguiu encontrar modelos que aceitassem desfilar com ela.
Por fim, acabou contratando uma dançarina de strip-tease para desfilar de biquíni. O impacto foi grande, mas demorou até que mulheres se sentissem à vontade para vestir um biquíni.
A virada aconteceu com a estrela francesa Brigitte Bardot, que quase levou à loucura uma geração de jovens ao aparecer de biquíni em … E Deus criou a Mulher, de 1957.
Ursula Andress
A partir daí, ele ganhou popularidade na Europa, mas ainda encontrava resistência nos Estados Unidos. Até a revolução sexual da década de 60. Em 1962, chegou às telonas uma das cenas definitivas do cinema: a famosa saída da água de Ursula Andress, vestindo apenas um biquíni, na famosa fita 007 contra o Satânico Dr. No, de 1962.
A cena marcou tanto que as inesquecíveis peças brancas foram leiloadas em 2001 por nada menos que US$ 61,5 mil (R$ 134,7 mil). Apesar de só ter sido alçado ao estrelato no século 20, os primeiros registros de formas primitivas de biquínis datam de 300 a.C.
Os mosaicos de 1,7 mil anos da Villa Romana de Casale, na Sicília, mostram jovens fazendo exercício em trajes semelhantes ao biquíni moderno. A popularização da peça aconteceu por volta da década de 50. Na época, ele causou furor e foi considerado um escândalo.
Para a escritora e ex-modelo americana Kelly Killoren, ele deve justamente a isso – ao escândalo – a sua popularidade. “O biquini é associado ao escândalo, e por isso é que sobreviveu”, argumenta Killoren.