A partir desta segunda-feira (3), o Brasil e mais de 190 países vão se reunir na Conferência do Clima (COP-24), em Katowice, na Polônia, em nova rodada de negociações em busca de medidas para conter o aquecimento global e os impactos associados, como secas, queimadas e enchentes. O principal objetivo da Conferência será avançar nas normas que vão tirar do papel o Acordo de Paris, um esforço mundial para limitar o aumento da temperatura do Planeta. A reunião segue até 14 de dezembro.
As diretrizes formam o livro de regras que está em negociação na COP-24. A aprovação do documento depende de consenso entre os países que formam a Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Fechado pela comunidade internacional em dezembro de 2015, o Acordo de Paris está em vigor desde novembro de 2016. O pacto buscar manter o aumento da temperatura média global abaixo de 2°C, com esforços para limitar esse aumento a 1,5°C.
Pautas
Entre as diversas pautas, serão avaliadas as metas de cada país. O Brasil propôs ações para todos os setores da economia, desde o segmento de energias renováveis até ações de restauração florestal. Entre os compromissos, deve reduzir 37% das emissões até 2025, com indicativo de cortar 43% até 2030, ambos em comparação a 2005.
O financiamento para alguns países também precisa ser definido. Brasil, África do Sul, Índia e China (grupo BASIC) já ressaltaram, em declaração conjunta, a importância do suporte financeiro para os países em desenvolvimento. Pelo Acordo, os países desenvolvidos se comprometeram a mobilizar US$ 100 bilhões por ano, a partir de 2020.
Brasil na COP-24
O Espaço Brasil na COP-24 sediará uma série de eventos para apresentar à comunidade internacional as políticas brasileiras da área ambiental. Com o objetivo de envolver setor público e privado e sociedade civil na ação climática, o pavilhão foi montado pelo governo federal na área de exposições da Conferência.
Diálogo Talanoa
A COP-24 também marcará a etapa global do Diálogo Talanoa. Nessa instância, os representantes dos mais de 190 países participarão de uma rodada onde compartilharão o que têm feito para conter a mudança do clima em seus próprios territórios e informarão o que consideram necessário para fortalecer essa agenda.
Nessa participação, o Brasil levará mais de 150 casos de boas ações na área climática colhidos em encontros realizados no País com representantes do setor público, de governos subnacionais, do segmento empresarial, da sociedade civil e dos povos indígenas.
Fonte: Governo do Brasil, com informações do MME