O Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco – Criminal) e o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), composto por membros do Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Militar cumprem, na manhã desta quinta-feira (2), mandados de busca e apreensão na Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso. Todos foram expedidos pelo Tribunal de Justiça, por intermédio de decisão exarada pelo desembargador João Ferreira Filho.
O cumprimento dos mandados de busca e apreensão e demais diligências investigativas são referentes à Operação Déjà vu e têm por finalidade a obtenção de provas para subsidiar investigações em curso e apuração dos crimes de associação criminosa, supressão de documentos e peculato, com envolvimento de servidores públicos, empresários e parlamentares estaduais.
Até as 08h40 os mandatos foram cumpridos em todas as secretarias e superintendências do Legislativo e os gabinetes dos deputados não tinham sido vasculhados pelos policiais.O Ministério Público informou que os mandados estão sendo cumpridos apenas na Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira.
Ainda não há confirmação de quem seriam os envolvidos e qual seria o esquema investigado.
A última ação do Gaeco envolvendo deputados foi a Operação Bônus, desdobramento da Operação Bereré, que apura esquema de fraude e propina que desviou cerca de R$ 30 milhões dos cofres públicos do Estado, por meio de contrato entre a empresa EIG Mercados e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
A operação foi realizada no início de maio e levou para a cadeia o deputado Mauro Savi (DEM) e o ex-secretário da Casa Civil Paulo Taques, apontados como líderes do esquema, conforme a delação do ex-presidente do Detran, Teodoro Lopes, o Dóia.
Com RepórterMT