Equipes do Programa de Saúde da Família vão aproveitar a semana mundial de combate à tuberculose, de 19 a 23, para desmistificar formas de contágio. Paciente em tratamento não transmite a doença
A Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande vai aproveitar o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, comemorado no próximo dia 24, e a semana que precede a data, para alertar a população sobre a gravidade de uma outra doença transmitida por bacilos e de alto risco: a hanseníase.
Na próxima semana, equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) estarão visitando as comunidades de sua abrangência e enfatizando sintomas e cuidados em relação à tuberculose e à hanseníase.
Entre os principais esclarecimentos que serão prestados está a desmistificação das formas de contágio. A pessoa infectada em tratamento, não transmite a doença e a terapia pode levar de seis meses a dois anos. A hanseníase também não é hereditária, ou seja, não se transmite de pai ou mãe para filho.
Como acrescenta a gerente do programa de Combate à Tuberculose e Hanseníase da secretaria de Saúde de Várzea Grande, Lizete Maria da Rosa, mais de 50% dos doentes contraíram a doença por meio de um contato íntimo com outra pessoa infectada. A transmissão se dá pelas vias respiratórias, boca e narinas e não por meio dos objetos, roupas ou pelo simples toque.
Em 2006, foram notificados 204 novos casos da doença em Várzea Grande. “A hanseníase é considerada uma infecção crônica , pois a taxa de incidência é de oito casos para cada 10 mil habitantes nos países considerados endêmicos, já que o ideal seria menos de um caso para cada 10 mil habitantes, conforme a estratégia global proposta pela Organização Mundial do Comércio (OMC)”.
A DOENÇA – A hanseníase é causada por micróbio chamado de bacilo de Hansen, que atinge principalmente pele e nervos, como também a membrana mucosa do nariz, testículos e olhos. O doente sem tratamento dissemina as bactérias – Mycobacterium leprae – no ar.
Sintomas como manchas brancas, vermelhas, caroços, dormência, podem indicar a presença da doença, neste caso a pessoa deve procurar o atendimento de saúde mais próximo para confirmar, ou não, a existência da hanseníase, por meio de exames da pele (dermatológicos).
TRATAMENTO – A hanseníase se apresenta, basicamente, de duas formas. O tratamento depende do tipo. Se for paucibacilar (com poucos bacilos), o tratamento é mais rápido. É dada uma dose mensal de remédios durante seis meses. Além da ingestão de um comprimido diário.
No caso de multibacilar (com muitos bacilos), o tempo para tratamento é mais longo. São 12 doses do medicamento, uma por mês. Além de dois outros remédios diários durante os dois anos.
O tratamento será 100% eficiente se for levado a sério do começo ao fim. Todos os medicamentos devem ser distribuídos pela rede pública de saúde