quinta-feira, 21/11/2024
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Deputado de MT é proibido pela Justiça de receber visitas de denunciados após MP denunciar regalias na prisão

Preso há quase um mês no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), o deputado estadual Mauro Savi (PSB) foi proibido pela Justiça de Mato Grosso de receber a visita de outros denunciados. Savi foi preso durante a operação Bônus, deflagrada no dia 9 de maio. Por meio dos advogados, Por meio dos avogados, ele nega as acusações.

A decisão é do desembargador José Zuquim Nogueira, o mesmo que autorizou a prisão do parlamentar e outros envolvidos num suposto esquema de fraude e desvio no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT).

Além dele, foram presos por suposto envolvimento Paulo e Pedro Jorge Taques, primos do governador Pedro Taques (PSDB). Os dois também negam a acusação.

A determinação da suspensão das visitas foi assinada no dia 30 de maio após o Ministério Público (MPE) denunciar supostas regalias ao deputado.

No pedido de suspensão, o MPE aponta que os presos na operação estariam, em tese, usufruindo de regalias não estendidas aos demais segregados no CCC.

“Estive no CCC como combinado, constatei no local a entrada de mercadorias em benefício dos presos. […] Questionei a quantidade e o diretor informou que estava entrando uma quantidade maior de frutas porque não haverá visita no final de semana”, diz trecho da vistoria feita.

Em outro trecho do documento, a entrada de investigados na mesma operação é apontado.

Segundo o MPE, os parlamentares estariam usando da influência política e de supostas prerrogativas, para desrespeitarem as regras do sistema penitenciário para obter livre acesso aos denunciados.

“Fiz a checagem do livro de visita e constatei a entrada dos deputados Nininho e Max Russi […] além de uma comissão de servidores da Assembleia Legislativa, sob o argumento de que iriam inspecionar as instalações onde se encontrava recolhido o deputado”, diz o documento.

Na decisão que proíbe as visitas de outros investigados, o desembargador determina ainda que:

  • as visitas dos denunciados na operação sejam previamente autorizadas;
  • e que os visitantes apresentem carteirinha de visitante como é exigido.

Operação Bônus

A operação Bônus é resultado da análise dos documentos apreendidos na primeira fase da Bereré, dos depoimentos prestados no inquérito policial e colaborações premiadas.

A primeira fase da Operação Bereré aconteceu em fevereiro deste anoe investigava um esquema que desviou dinheiro do Detran, com o apoio de políticos, por meio de empresas de fachada.

Em nota, o governo diz que o contrato com a empresa EIG Mercados Ltda (antiga FDL), por meio da qual teriam sido desviados recursos públicos do Detran, foi rompido após a primeira fase da operação, em fevereiro, e que “tomou todas as medidas administrativas necessárias para evitar prejuízo ao erário”.

G1-MT

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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