O Brasil despencou 17 posições no ranking mundial da corrupção e obteve em 2017 seu pior resultado nos últimos cinco anos. É o que aponta estudo desenvolvido pela ONG Transparência Internacional ,
De acordo com o levantamento, elaborado a partir das percepções de especialistas e de empresários acerca dos níveis de corrupção em 180 nações, o Brasil hoje é apenas o 96º país quando o assunto é a lisura no setor público. Em uma escala de zero a cem, onde zero representa um país muito corrupto e cem indica uma nação muito transparente, o Brasil obteve nota 37 – a menor desde 2012. Em 2016, o País foi avaliado com a nota 40.
O líder do ranking mundial é a Nova Zelândia, que recebeu nota 89. Na América do Sul, o melhor colocado é o Uruguai, que ocupa a 23ª posição com a nota 70. Já a pior situação na América Latina é a da Venezuela, que obteve nota 18 e ficou na 169ª colocação.
Além de considerar a opinião de especialistas e de pessoas do mundo dos negócios, o estudo também leva em conta a liberdade de imprensa verificada em cada nação. Segundo os dados levantados pela Transparência Internacional, quanto maior o índice de corrupção de um país, maior o número de jornalistas assassinados naquela região.
Ano eleitoral é “crucial” para o combate à corrupção
De acordo com a ONG Transparência Internacional, as nações do continente americano progrediram no combate à corrupção nos últimos anos devido às investigações de grandes esquemas como o caso Odebrecht, que ultrapassou a fronteira brasileira para também ganhar corpo em países como o Equador e o Peru.
Os responsáveis pelo estudo consideraram que 2018 é um ano “crucial” para o combate à corrupção na América Latina e nos países do Caribe, uma vez que muitas nações terão eleições gerais neste ano – como é o caso do Brasil.
“Os candidatos e partidos têm uma importante oportunidade de incluir propostas de combate à corrupção em suas campanhas e promover uma mudança estrutural. Para impulsionar de modo verdadeiro os esforços contra essas práticas criminosas na região, os governantes devem promover políticas que demonstrem o comprometimento de longo prazo com a causa”, defendeu a ONG.