quinta-feira, 21/11/2024
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Esquema chefiado por deputados de MT criou rede de proteção para manter contratos no Detran, diz MP

esquema para desvio de dinheiro do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT), chefiado por deputados estaduais, criou uma rede de proteção para manter os contratos usados nas fraudes. A informação é do Ministério Público Estadual (MP-MT) e consta no inquérito policial que investiga o esquema.

Os desvios são investigados na Operação Bereré, deflagrada nesta segunda-feira (19).

Entre os outros investigados estão o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (PSB), o deputado Mauro Savi (PSB), o ex-deputado federal Pedro Henry, o ex-secretário estadual Éder Moraes e o ex-presidente do Detran-MT, Teodoro Lopes, o Dóia.

Os parlamentares afirmaram que ainda devem se pronunciar sobre o caso.

De acordo com o MP, o esquema começou a vigorar em 2009, quando o ex-presidente Dóia assumiu o cargo.

Ele fez acordo de delação premiada com o MP. Segundo ele, o esquema começou na gestão do ex-governador Silval Barbosa (MDB), com a indicação dele ao cargo. A sugestão teria sido feita pelo deputado Mauro Savi, também investigado por suspeita de participação no esquema.

Dóia afirmou que, depois de assumir o cargo, participou de uma reunião com Savi e outros investigados. Na ocasião, o esquema para fraudar o sistema de financiamentos de veículos foi prosposto a ele.

De acordo com o depoimento dele, os investigados, entre eles Savi e Botelho, se organizaram, “a fim de garantir a continuidade do contrato, formando uma rede proteção em troca do recebimento de vantagens pecuniárias”.

Ao todo, 30% do valor recebido pelas empresa vencedora do contrato era repassado ao integrantes da quadrilha.

Chefes do esquema

Os deputados estaduais Mauro Savi e Eduardo Botelho ocupavam papel de destaque no esquema e integravam o núcleo de liderança. Segundo o MP, eles detinham o poder de escolher e fazer valer as vontades deles.

“Para o desempenho destas funções, os integrantes deste núcleo se valem do poder puramente político e/ou poder político-funcional”, diz trecho do inquérito policial.

O esquema, de acordo com o MP, é formando ainda por dois núcleos: o de operação e o de subalternos.

FONTE/;G1-MT

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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