Segundo jornal “Local”, o número de mortes na Alemanha por prática conhecida como asfixia autoerótica varia entre 80 e 100 no ano
O ato de se masturbar ainda é rodeados por tabus, mas no geral é considerado uma boa prática por especialistas e sexólogos por ser uma forma de conhecer o corpo, descobrir zonas erógenas e novas formas de prazer. Entretanto, a busca por orgasmos mais intensos com uma prática específica de masturbação tem sido a causa de diversas mortes de homens e mulheres.
Segundo dados publicados na semana passada no jornal alemão “Local”, cerca de 100 pessoas morrem por ano na Alemanha depois de um ato de masturbação conhecido como asfixia autoerótica. Na prática, segundo o médico legista Harald Voss, a pessoa para de respirar por alguns instantes com o objetivo de intensificar o prazer . Entretanto, a falta de oxigenação no cérebro pode levar à morte.
Ainda de acordo com Voss, ambos os gêneros estão entre as vítimas, mas o número de mortes de homens é maior. Ele diz que as mulheres costumam ser mais cautelosas e não incorporam tantas práticas extremas ao sexo.
O legista afirma ainda que o risco dessas práticas sexuais é subestimado. “Perder a consciência pode acontecer de forma muito mais rápida do que as pessoas pensam”, alerta Voss.
Ele acredita que o número de mortes relacionadas a esse tipo de asfixia seja ainda maior, pois os familiares da vítima geralmente sentem vergonha do que aconteceu e até escondem provas da prática. O jornal alemão cita o caso de uma mãe que encontrou o filho com o corpo e os mamilos envoltos em luzes de Natal e retirou esses itens do local antes da chegada dos médicos.
Detalhes da asfixia autoerótica
Segundo a publicação, essa prática pode acontecer de diversas maneiras, uma delas é cobrindo a cabeça com um saco plástico durante a masturbação. Há quem use até alimentos para tampar o rosto e dificultar e até impedir a respiração.
Alguns indícios de que a morte foi causada por asfixia autoerótica são: vítima encontrada com os órgãos genitais expostos, pornografia ao redor da vítima e itens que impeçam a respiração, como sacos plásticos, correntes e outros materiais.
Orgasmos seguros
O sexo pode ficar ainda melhor e há, sim, formas seguras de intensificar o orgasmo . É possível, por exemplo, começar a praticar pompoarismo , uma ginástica íntima que fortalece toda a região pélvica. Conhecer o corpo, se tocar na masturbação e conversar com o parceiro também podem ajudar – e muito – a chegar ao ápice do prazer. E nada disso coloca a vida em risco.