Os dez detidos pela Polícia Federal sob suspeita de praticar o terrorismo no Brasil durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro foram transferidos para a Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, na manhã desta sexta-feira (22).
A transferência ocorre no dia seguinte à deflagração da Operação Hashtag, responsável por investigar a atuação de simpatizantes de grupos terroristas como o Estado Islâmico nas redes sociais. Além dos detidos, são investigados dezenas de suspeitos de planejar espalhar o terrorismo no Brasil ao longo da Olímpiada, que se inicia no próximo mês.
Os suspeitos presos faziam parte de um grupo virtual chamado Defensores da Sharia e planejavam adquirir armamentos para cometer crimes no País com o uso de explosivos e fuzis AK-47 – um deles chegou a ser negociado por email com comerciantes do mercado negro paraguaio.
Até 30 anos de prisão
As investigações da Operação Hashtag começaram em abril com o acompanhamento de redes sociais pela Divisão Antiterrorismo da PF. Segundo a legislação, caso o acusado seja condenado, ele está sujeito a uma pena de 12 anos a 30 anos de prisão, “além das sanções correspondentes à ameaça ou à violência”.
Os mandados judiciais que autorizaram a prisão dos dez suspeitos foram expedidos pela 14ª Vara Federal de Curitiba. As prisões e mandados de busca e apreensão e de conduções coercitivas foram cumpridos nos estados do Amazonas, Ceará, da Paraíba, de Goiás, Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Paraná, de Mato Grosso e do Rio Grande do Sul.
A lei de terrorismo no Brasil diz que atos do tipo ocorrem quando alguém transporta ou guarda explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos biológicos, químicos, nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou promover destruição em massa”.
* Com informações da Agência Brasil
Fonte: Último Segundo – iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2016-07-22/terrorismo-brasil-estado-islamico.html
