O ministro da Agricultura, Blairo Maggi negou que tenha autorizado, enquanto governador de Mato Grosso, esquema de precatórios, no montante de R$ 260 milhões, para comprar o apoio de parlamentares, por meio do pagamento de “mensalinho”, conforme divulgou o jornal Estado de S. Paulo, com base em uma suposta delação do ex-deputado José Riva à Procuradoria Geral da República.
“Eu não conheço. Não tinha isso. Nunca teve. Para mim, o tratamento da Assembleia Legislativa sempre foi o mesmo e vai continuar assim”, declarou o ministro à imprensa durante evento da Expoagro, nesta segunda-feira (10).
Blairo, que teve seu nome vinculado recentemente à delação do ex-secretário de Estado Pedro Nadaf, reclamou do efeito que esse tipo de ação tem tido e sugeriu a medida possa ter sido usada para reduzir a culpa.
“Ultimamente as pessoas falam as coisas depois tem que sair correndo atrás para se defender. Vou ver o processo, não conheço (…) Não tenho como ficar respondendo a cada delação que tem. As pessoas hoje para sair de seus problemas acabam empurrando para os outros”, ressaltou.
Segundo Blairo, os pagamentos de causas judiciais, para a construtora Andrade Gutierrez, ocorreram mas de forma legal.
Riva nega delação
Logo após a divulgação da reportagem sobre a suposta revelação do ex-deputado à PGR, José Riva negou ter feito acordo de colaboração premiada, em que denunciaria o ministro da Agricultura Blairo Maggi de ter pago precatórios para a construtora Andrade Gutierrez, em troca de propina para garantir o apoio de deputados estaduais, quando era governador do Estado.
Segundo a publicação do Estado de S. Paulo, o acordo teria sido fechado na semana passada.
Com RepórterMT