sábado, 23/11/2024
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Estudo comprova que certos remédios para azia aumentam risco de morte

Sabe aquela azia depois de ter exagerado no fast food no fim de semana? Em algumas pessoas, o incômodo pode ser tão grande por conta da má digestão que, além do estômago, é muito comum que elas sintam uma queimação no peito. Mas para resolver o problema é simples: só tomar aquele antiácido, certo?

Nem tanto. De acordo com o que revelou uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina de Washington, em Saint Louis, nos Estados Unidos, o uso de certos remédios para controlar a queimação da azia, comum entre milhões de pessoas no mundo todo, aumenta o risco de uma morte precoce em até 50%.

Segundo os cientistas, essas drogas podem ser responsáveis ??por milhares de óbitos a nível global a cada ano. Isso porque os medicamentos, conhecidos como inibidores da bomba de prótons, aumentam as chances de morrer em até 50% em comparação com outros comprimidos de indigestão, como os anti-histamínicos H2, tidos como inferiores.

Outros estudos ainda relacionaram o consumo dessas drogas com acidentes vasculares cerebrais, infertilidade masculina e danos nos rins.

O alerta está sendo levado muito a sério, já que, de acordo com a National Health Service (NHS), o sistema de saúde pública do Reino Unido, esse tipo de medicamento está entre um dos mais usados pela população. Para se ter ideia, só na Inglaterra, os clínicos gerais costumam receitar essa droga mais de 55 milhões de vezes ao ano.

Um dos motivos que provocaram o aumento da prescrição do remédio, segundo a análise, é a alta taxa de obesidade, que também cresceu, e fez com que os casos de refluxo ácido, que causam azia severa, ficassem mais recorrentes nos consultórios.

Além disso, o uso contínuo de inibidores da bomba de prótons influenciou consideravelmente os efeitos negativos que a droga pode causar. Conforme a recomendação médica, os comprimidos só devem ser consumidos por um período máximo de quatro semanas.

Mas, essa não é a realidade de quem convive com a indigestão diariamente. Muitos pacientes acabam tomando a medicação por meses ou mesmo anos, já que os clínicos gerais preparam receitas médicas repetidas e deixam com os pacientes para uso posterior – comportamento que já está sendo alertado pelos cientistas responsáveis pelos estudos para que seja alterado.

Pesquisa

Para chegar à essa conclusão, mais de 270 mil pessoas foram acompanhadas. Os resultados mostraram que aqueles que usaram a medicação por um ano ou mais tiveram 50% mais de probabilidades de morrer por qualquer causa dentro de cinco anos do que aqueles que receberam os bloqueadores de H2. Até mesmo o uso de curto prazo elevou o risco de morte em 25%, descobriram os pesquisadores.

Um dos autores do estudo, o doutor Ziyad al-aly afirmou que "as pessoas têm a ideia de que essas drogas são muito seguras, porque estão disponíveis no mercado sem exigência de receita. Mas existem riscos reais para o consumo dessa medicação, principalmente quando é feito por longos períodos de tempo”

O cientista ainda alerta que o uso desse tipo de remédio deve ser feito sempre com a prescrição médica.

 

 

 

 

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Parmenas Alt
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