quinta-feira, 07/11/2024
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Secretaria de Saúde de Cuiabá inicia processo de informatização das unidades

Buscando humanizar os serviços de saúde da Capital, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) iniciou o processo de informatização do sistema de gestão das unidades. A mudança visa à economia de recursos, celeridade e eficiência no atendimento ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS), dando adeus ao modelo analógico atual (papel e caneta) para seguir caminhando na era digital.

 

Em fase experimental, o projeto piloto já está em funcionamento há cerca de um mês na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Pascoal Ramos e começa a ser implantado no Hospital Municipal e Pronto Socorro de Cuiabá (HMPSC). A proposta será estendida às outras unidades. “Além de aumentar o controle da própria gestão, a ferramenta vai contribuir para o controle social”, pontuou a secretária Municipal de Saúde, Elizeth Araújo.

 

A ferramenta reunirá todo o histórico do paciente como prontuários, receitas médicas e exames. Desde sua implantação na UPA Pascoal Ramos, a unidade tem vivenciado um novo cenário. Isso porque, segundo a coordenadora Maricilva Modesto de Oliveira, o sistema organiza melhor o atendimento e possibilita o controle do fluxo e do tempo de espera pelos próprios pacientes.

 

Para se ter uma ideia, o sistema revela que o atendimento de pacientes classificados como não emergenciais (verde) leva de 40 minutos a 2 horas. Já os emergenciais (amarela) levam de 20 minutos a 1 hora, considerando desde sua classificação à conclusão do atendimento. Já os urgentes (vermelha) são atendidos de imediato.    

 

Outro exemplo do controle está na farmácia da unidade. “Passamos a ter um maior domínio sobre os medicamentos. Antes da ferramenta era muito comum ter furo no estoque. Hoje isso já não acontece. Além do mais, se um medicamento está prestes a vencer, podemos transferi-lo para outra unidade a fim de atender o paciente de outra localidade, evitando perdas e cumprindo com nossa missão”, explicou a coordenadora.

 

Maricilva lembra de um passado recente, quando os funcionários tinham que fazer os prontuários à mão, passar para um livro ata, depois parar tudo o que estavam fazendo para levar o documento de um setor para o outro. De forma semelhante, os nomes dos pacientes que receberiam atendimento eram anunciados em alto e bom som pelos profissionais. Agora, nome e senha aparecem na tela do monitor fixado na sala de espera.

 

A camareira Darlene Cristina Pedrosa de Souza, 40 anos, decidiu sair de sua casa, no bairro Altos do Parque, para procurar atendimento na UPA Pascoal Ramos, depois de se sentir mal por três dias seguidos. Ela presenciou as duas fases da unidade e avalia que o atendimento melhorou após a implantação do sistema. “A sensação é de que está mais organizado. Antes era confuso, pois não sabíamos quem estava na frente de quem, quem já tinha sido atendido, quem já sido medicado”.  

 

E se para os pacientes o atendimento melhorou, para as funcionárias da unidade o ambiente agora é diferente. A técnica de enfermagem Noêmia Alves Ferreira revela que perdeu as contas de quantas vezes foi agredida verbalmente e disse que viu sua colega de trabalho quase apanhar de um paciente impaciente. “Ele queria ser medicado imediatamente. Alterado, ele empurrou ela [técnica de enfermagem] que só não caiu no chão porque estava próxima de uma cadeira”, finalizou.

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Parmenas Alt
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