O Ministério da Saúde passará, ainda este mês, a adotar a dose única da vacina contra febre amarela para áreas em que a imunização é recomendada. Com a medida, o País segue orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A partir de agora, as pessoas que já tomaram uma dose, não precisam se vacinar mais contra a febre amarela ao longo da vida, explica o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
De acordo com o ministro, a OMS fez a mesma recomendação em 2014, mas o governo brasileiro consultou sociedades científicas e avaliou que os estudos ainda não eram suficientes para adotar a decisão da entidade. Ricardo Barros anunciou, também, que o Ministério da Saúde está preparando a rede pública para um possível fracionamento das doses da vacina. Se adotada, a medida servirá para conter a expansão da doença nas regiões metropolitanas que precisarem de bloqueio.
Esta estratégia é utilizada quando há aumento de casos de febre amarela silvestre de forma intensa, com risco de expansão da doença em cidades com elevado índice populacional. Se houver a ocorrência de casos, além do que nós estamos avaliando hoje, com a mudança do perfil epidemiológico, vamos estar preparados para iniciar a vacinação fracionada, destacou o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Adeilson Cavalcante.
O fracionamento estratégia já foi adotada no continente africano por recomendação da OMS e foi capaz de interromper a transmissão urbana da doença em 2016, quando 7,8 milhões de pessoas foram vacinadas na República Democrática do Congo.
Combate à doença
O Ministério da Saúde liberou, na última semana, R$ 19,2 milhões para intensificar as ações contra febre amarela em 526 cidades afetadas pela doença nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo. Além dos municípios, as Secretarias Estaduais de Saúde (SES) também irão receber o recurso. Os valores deverão ser aplicados em ações de prevenção na área de vigilância para a febre amarela.
Até esta quarta-feira (5), foram notificados cerca de 2 mil casos suspeitos de febre amarela silvestre. Desses, 450 continuam em investigação, 586 foram confirmados e 951 descartados. Do total, 282 evoluíram para óbito, sendo 190 confirmados, 49 em investigação e 43 descartados. Os últimos casos de febre amarela urbana ocorreram em 1942, no Acre.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde
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